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Notícia postada dia 21/03/2014

Notícia postada dia 21/03/2014

Servidores indicam greve no final de abril para enfrentar o governo e o STF

Servidores indicam greve no final de abril para enfrentar o governo e o STF

Reunião nacional aponta greve para até 29 de abril e paralisação dia 9; decisão do governo de não negociar e projeto do STF que divide a categoria são rechaçados

 

Os servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União reafirmaram a construção da greve nacional e indicaram o início da paralisação para até o dia 29 de abril. A categoria também decidiu entrar em 'estado de greve' para organizar a mobilização em todos os estados e sinalizar que pode parar a qualquer momento. O movimento busca se contrapor às políticas adotadas tanto pelo governo Dilma Rousseff (PT), quanto pela cúpula do Supremo Tribunal Federal. 

 
Na véspera da reunião em que estas decisões foram tomadas, o Ministério do Planejamento disse a representantes sindicais do funcionalismo que o Planalto só admite negociar questões salariais em 2016, quando nem se sabe quem estará no governo. Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal tem pronta proposta de carreira específica para o órgão, que ignora o conjunto da categoria – e que a qualquer momento pode ser levada à apreciação dos ministros em sessão administrativa. 
 
 
As deliberações foram aprovadas de forma consensual na reunião ampliada da direção da federação nacional (Fenajufe), na quinta-feira (20), no Hotel Nacional, em Brasília. O objetivo segue sendo o de construir um movimento conjunto com os demais setores do funcionalismo, que tenha força tanto para fazer o governo recuar e aceitar negociar, quanto o STF rever sua política excludente e que aposta na divisão da categoria.
 

Calendário de atividades
 
 
Os participantes da reunião nacional, eleitos em assembleias nos estados, definiram ainda um calendário de mobilização que prevê um ato nacional em Brasília no dia 2 de abril, paralisação de 24 horas no dia 9 do mesmo mês e uma semana de atividades nos estados, do dia 22 a 25, que antecederia ao início da greve no dia 29. A data é uma referência final para o início da greve – isto é, onde isso for possível, pode parar um pouco antes. É também uma proposta indicativa, que terá que ser ratificada em nova rodada de assembleias nos estados. A próxima reunião ampliada foi marcada para 10 de maio. 
 
 
A reunião desta quinta foi marcada por duras críticas ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, por ele não negociar com o conjunto  dos servidores, não aceitar o debate sobre um plano de carreira para toda a categoria e por permitir a elaboração de proposta que separa o Supremo do restante da categoria e fomenta a divisão no Judiciário. Moção de apoio aos sindicatos que lutam contra isso e de rejeição ao conteúdo da proposta foi votada na reunião. 
 
 
O servidor Tarcísio Ferreira, da direção da Fenajufe e do sindicato de São Paulo (Sintrajud), lembrou que os fóruns da federação já haviam aprovado resoluções que rejeitam qualquer tentativa de divisão por meio de carreiras específicas e que o combate a essas ameaças devem ser encaminhados pelas entidades. “Não há dúvidas quanto a isso”, afirmou. 
 
‘Tem que ser agora’
 
 
A aprovação do calendário de forma consensual contrasta, de certa forma, com o desenrolar desta reunião ampliada, pautada em muitos momentos por forte debate sobre quais seriam as prioridades do momento para a categoria. Ao final, prevaleceu o calendário unitário e a posição de seguir buscando unir forças com os demais federais em torno da pauta de reivindicações conjunta, com a defesa da data-base e da reposição das perdas, associados à mobilização para que o  presidente do STF ouça o conjunto dos servidores. 
 
 
“O ano (das mobilizações) tem que ser 2014, não temos como fugir disso. Temos que fortalecer esta luta, o governo já disse que não tem negociação”, disse Saulo Arcangeli, dirigente da federação e do sindicato do Maranhão (Sintrajufe-MA), ao defender a unidade de toda a categoria para enfrentar Dilma e Joaquim Barbosa.  
 
 
Luta Fenajufe Notícias
Por Hélcio Duarte Filho, enviado a Brasília
 
 

 



 

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