Os estudos visando implantar um sistema de autogestão no atendimento de saúde dos servidores do TRT5 estão adiantados. Os integrantes da comissão têm as expectativas voltadas para um novo encontro com a desembargadora Maria das Graças Boness, a quem cabe levar a proposta ao Pleno, seguindo assim todos os passos necessários à adoção de um modelo de gestão alternativo aos planos de saúde comerciais, que há muito geram graves e numerosas queixas em todo o país quanto aos reajustes e à qualidade do serviço oferecido.
André Liberato, um dos servidores à frente dos estudos de um modelo que atenda aos interesses do servidor baiano, disse que a ideia nestes primeiros passos do processo é mudar gradativamente, para que se tenha uma visão gerencial focada na prevenção. Isso se iniciará ainda em 2014. E se tudo correr conforme as expectativas, a autogestão estará consolidada em maio de 2015, após um período em que os gestores teriam adquirido a experiência necessária a uma transição segura e condizente com a realidade dos servidores do TRT5. A presidência do Tribunal sinaliza positivamente para a mudança, havendo inclusive disponibilidade financeira para dar início à implantação.
Nas últimas assembleias setoriais, promovidas pelo SINDJUFE-BA nos dias 20 e 21/02 (no Comércio e em Nazaré), os servidores voltaram a discutir o assunto e tiraram diversas dúvidas. O sindicato havia fornecido um material impresso para colher as principais dúvidas dos colegas. Tudo isso será levado à discussão da comissão encarregada dos estudos, para que nada passe sem esclarecimento à categoria. Sabe-se que a autogestão é um modelo vantajoso para o servidor, inclusive do ponto de vista econômico, pois o livra de um comprometimento financeiro mensal geralmente alto e nem sempre condizente com o serviço oferecido, além de ser gerido por servidores do tribunal.
Existe no site do SINDJUFE-BA uma enquete sobre a autogestão, com as opções intituladas "A FAVOR", "CONTRA" E "NÃO SEI, QUERO SABER MAIS" e botões para votar e ver o resultado. Até o momento, 52% dos votos foram a favor, 18% contra e 30% disseram querer saber mais. É sempre pertinente lembrar a lamentável inobservância, pelos governos, do preceito constitucional que reza em seu artigo 196: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.