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Notícia postada dia 22/02/2014

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Governo usa morte de jornalista para tentar impedir protestos na COPA

Governo usa morte de jornalista para tentar impedir protestos na COPA

 São Paulo e outras seis capitais vão assistir, neste sábado, 22, ao primeiro grande protesto contra a Copa do Mundo após a morte do cinegrafista da Band, Santiago Andrade, atingido por um rojão enquanto cobria uma manifestação contra o aumento da passagem de ônibus no Rio de Janeiro no último dia 6.

 

Adeptos das táticas black blocs prometem voltar às ruas e reagir a possíveis abusos da polícia. Com violência, se for preciso. O Estado, por sua vez, adotou estratégias para tentar esvaziar a marcha. A concentração está programada para as 17h na Praça da República, no centro. Até a noite desta sexta-feira, 13 mil pessoas haviam confirmado presença. Por volta das 21h30 desta sexta, alguns ativistas começaram a montar barracas no local.

 

Nas páginas de divulgação do evento nas redes sociais, as pessoas votaram, em uma enquete, a favor da presença dos black blocs no ato deste sábado. A maior parte dos comentários, porém, pedia para que não houvesse violência e que fosse permitido a todos expressar suas ideias. O grupo votou, em outra enquete, contra o veto a bandeiras de partidos políticos, por exemplo.

 

No primeiro protesto contra a Copa do ano, em 25 de janeiro, mais de 130 pessoas foram detidas, a PM invadiu um hotel para prender manifestantes, agências bancárias foram depredadas, um carro pegou fogo e dezenas de latas de lixo foram quebradas. Um jovem foi baleado e outros reclamaram da truculência da polícia.

 

Além de São Paulo, outras capitais devem receber protestos neste sábado: Brasília, Belo Horizonte, Cuiabá, Fortaleza, Manaus e Natal.

 

Nem todos que confirmaram presença ao evento paulista poderão ir, no entanto. Manifestantes que participaram de outros protestos e que, de alguma forma, foram identificados pela polícia foram chamados para prestar depoimento no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) às 16h. Como o procedimento deve demorar, é provável que não saiam a tempo de ir ao ato.

 

A tática é semelhante à adotada pela polícia inglesa para impedir que torcedores violentos fossem a jogos de futebol dos seus times. A diferença é que, desta vez, nem todos os convocados a prestar depoimento se identificam com o uso da violência. Em um dos casos, a mãe de um manifestante, que nunca foi a passeatas, também foi chamada.

 

"É uma coincidência muito grande que tenham marcado o protesto para o horário da manifestação. Claramente querem esvaziar o movimento", afirma o estudante R., de 23 anos, que pediu para não ser identificado. R. diz ser contra o uso das táticas black blocs e afirma que nunca fora detido pela polícia durante os atos de 2013.

 

Procurado, o Deic informou que o inquérito que apura a possível conduta criminosa nos protestos corre em segredo de Justiça e que, por isso, não podia responder porque as pessoas foram chamadas à delegacia.

 

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública confirmou que há "depoimentos agendados pelo Deic como parte das investigações que apuram práticas criminosas em manifestações. Parte dos depoimentos acontece neste sábado. Outros serão agendados nos próximos dias. Desde outubro, o DEIC já realizou mais de 80 depoimentos.

 

Fonte: UOL



 

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