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Notícia postada dia 16/01/2014

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SINDJUFE-BA instala núcleo baiano do movimento Auditoria Cidadã da Dívida Pública

SINDJUFE-BA instala núcleo baiano do movimento Auditoria Cidadã da Dívida Pública

 A Bahia já tem um núcleo regional do movimento Auditoria Cidadã da Dívida Pública, instalado pelo SINDJUFE-BA na quarta-feira (15/01). No encontro que marcou sua instalação, na OAB-BA, aconteceu um debate presidido pela coordenadora nacional do movimento, Maria Lúcia Fatorelli, que expôs de maneira didática, mas contundente, o grave quadro da dívida pública brasileira. 

 

 
Para ela, o movimento pela auditoria da dívida  tem  importância especial na Bahia, maior  estado do Nordeste e localizado na região mais castigada do Brasil, onde se encontram as condições mais precárias e o maior atraso social. O núcleo recém-criado  encaminhará requerimento às secretarias da Fazenda do estado e município  pedindo informações atualizadas sobre suas dívidas públicas. E já existe um indicativo das  atividades iniciais, que serão definidas na sua primeira reunião, marcada para  17 de fevereiro, às 10 h,  na sede do SINDJUFE-BA.
 
 
 
 Histórico
 
O movimento  Auditoria Cidadã da Dívida Pública  existe há 13 anos, desde a realização do Plebiscito Popular da Dívida Externa. E vem ganhando corpo no Brasil com a formação de núcleos regionais, tendo como objetivo mobilizar a sociedade para exigir dos governos o cumprimento da Constituição Federal de 1988, que determinou no artigo 26 das Disposições Transitórias a criação de uma comissão mista de auditoria da dívida externa. No plebiscito de 2000, mais de 95% dos 6.030.329 cidadãos votaram NÃO à continuidade do pagamento dessa dívida externa sem a realização prévia de uma auditoria  rigorosa e independente.
 
Para se ter uma ideia, a previsão para 2014 é de se consumir nada menos que 42,42%  do Orçamento Geral da União apenas com o pagamento de juros e amortizações da dívida brasileira. “A conta assumida integralmente como dívida pública é repassada ao cidadão brasileiro, que termina pagando de várias formas: com os tributos que são arrecadados, com a ausência de serviços públicos, com a venda dos recursos naturais  (como aconteceu com o Campo de Libra). A dívida está por trás de todo o sacrifício social. Mas, que dívida é essa, que mexe com a vida de todos nós, e porque isso não vai a debate?”, interrogou Fatorelli, especialista em administração tributária.
 
Segundo informações levantadas por  ela junto ao próprio governo federal, em 2013, até o dia  6 de dezembro, a dívida consumiu R$ 711 bilhões do orçamento (42% do gasto federal). Ou seja, foram R$ 2 bilhões por dia, apenas com o pagamento dos juros e amortizações de um gigantesco débito representado por títulos que pagam os juros mais elevados do mundo.
 
Apesar da clareza do montante devido e dos recursos dispendidos, a origem da dívida pública é uma verdadeira incógnita, segundo a especialista. Não só no âmbito federal como nos estados e municípios, que estão da mesma maneira endividados e com a maior parte dos orçamentos comprometidos com o pagamento das dívidas com a União. “Já foram descobertas diversas fraudes nesses processos”, assegurou.
 
 

 



 

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