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Notícia postada dia 20/11/2013

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Militante inglesa participa da Semana da Consciência Negra no Brasil

Militante inglesa participa da Semana da Consciência Negra no Brasil

Lá e aqui. Na Europa e no Brasil. O racismo existe!

A inglesa Stephanie Lightfoot-Bennet integra a Campanha dos Familiares e Amigos Unidos e está lutando por justiça para seu irmão gêmeo, Leon Patterson, preso em 1992, em Manchester, e morto em seguida.

 

Stephanie está no Brasil para participar da Semana da Consciência Negra. Ela participará de atividades programadas pela CSP-Conlutas e outras entidades no Maranhão e no Rio de Janeiro. A militante pretende conhecer a luta dos negros no Brasil e divulgar a luta em defesa de seu irmão.

A visita é parte das iniciativas promovidas pela Rede Internacional de Solidariedade e Luta dos Trabalhadores.

A história de Sthefanie e seu irmão Leon

Leon, irmão de Stephanie, teve seu primeiro julgamento, no qual foi “acusado” de Hypomania – ter “ficado louco” e ferido a si próprio. A tese foi abandonada em função de comentários racistas do juiz. No segundo, o patologista admitiu que falsificou o relatório, a pedido da polícia, para afirmar que Leon era viciado em heroína, para ter anulada a conclusão de “morte ilegal”. Já no terceiro foi concluído que a morte foi um “contratempo/desventura agravada por negligência” – de policiais, médicos e patologistas.

Leon foi acusado de ter cometido um roubo, mas, de acordo com os registros da empresa telefônica, no exato momento do crime, ele estava conversando com Stephanie ao telefone.

 

Enquanto estava na prisão, emagreceu muitíssimo e, quando seu corpo foi entregue, faltava uma parte do nariz, seus testículos estavam cheios de marcas e feridas e ele tinha 32 ferimentos pelo corpo.

Para Stephanie a violência é inaceitável. “Ele não era um anjo, posso assegurar. Ele era um ladrão, mas na falta de uma palavra melhor, ele era um “mané”, não era violento”.

 

Stephanie, que tem formação em patologia e medicina legal, conduziu uma investigação particular. Mesmo sua formação foi alvo de racismo. ao entrar num depoimento com um monte de livro, ouviu o seguinte comentário do investigador responsável pelo caso: “Você é bastante bem formada para uma mulher negra”. Stephanie conseguiu a demissão do investigador.

Para a militante o sistema é parcial. “O sistema trabalha contra você, não por você, não com você, mas totalmente contra você”. Por isso quer que Estado e polícia paguem por seus crimes. “A polícia e o Estado devem pagar pelos meus pesadelos, devem pagar pela minha tristeza, pela perda daquela pequena dose de loucura que sempre envolve a vida dos gêmeos. E eles irão pagar por tudo isto”, afirma decidida.

 

A situação pela qual passa Sthefanie de vivenciar a morte de um parente pela violência do Estado e policial faz parte do cotidiano nas periferias brasileiras, o que demonstra que essa não é luta isolada. É internacional. Por este motivo a CSP-Conlutas defende essa solidariedade ativa entre os que lutam no mundo.

 

veja mais:  http://cspconlutas.org.br/2013/11/militante-inglesa-participa-da-semana-da-consciencia-negra-no-brasil



 

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