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Notícia postada dia 08/11/2013

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Governo quer criar atendimento judicial itinerante em manifestações

Governo quer criar atendimento judicial itinerante em manifestações


MATHEUS LEITÃO
DE BRASÍLIA (Folha de S. Paulo)

Após reunião com os secretários de Segurança Pública Fernando Grella (São Paulo) e José Mariano Beltrame (Rio), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quinta-feira (7) que o governo estuda a criação de um "pronto atendimento judicial" para penalizar as situações de violência e depredação nas manifestações.

 

"O pronto atendimento judicial ocorreria nas situações que se caracterizarem como abusivas ao longo das manifestações para que as pessoas tenham seus direitos atendidos ou o próprio Estado, ao ver situações de ilegalidade, possa atuar sem perder uma agilidade necessária", afirmou Cardozo.

 

A reunião também teve a participação de Flavio Sirangelo, representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Procurador-Geral, Rodrigo Janot, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e de Claudio de Souza Neto, secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

 

Sirangelo, do CNJ, será o responsável por apresentar uma proposta, no dia 25 de novembro, sobre como funcionaria o "pronto atendimento judicial" nos protestos --a princípio nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. "São situações itinerantes. O que queremos é Justiça rápida, um pronto atendimento judicial, mas a maneira ainda será discutida", afirmou Cardozo. Questionado se atuaria na hora, como nos estádios, o ministro respondeu que era "exatamente isso".

 

Fórum para denúncias

Além da Justiça itinerante, Janot apresentou durante a reunião uma proposta de criação de "um fórum de diálogos sociais", para que cidadãos possam denunciar situações de violência. "Órgãos do Estado brasileiro criariam, inicialmente nesses dois Estados, o fórum justamente para que as pessoas pudessem comparecer e contar situações de violência, denunciar arbítrios, seja do mundo privado ou do mundo público". A proposta do fórum também será apresentada pelo no próximo dia 25, mas pelo CNMP.

 

Durante a reunião foi formado também um comitê executivo para dar operacionalidade a todas essas propostas. O comitê terá um integrante do Ministério da Justiça, um do Conselho Nacional de Justiça, um do Conselho Nacional do Ministério Público, além de um da Secretaria de Segurança do Rio e outro da de São Paulo.

 

Cardozo informou ainda que foi aberto um prazo para encaminhamento de propostas de mudanças legislativas para coibir a violência nas manifestações. No dia 29 o comitê será reunido e todas propostas serão discutidas. Na próxima quarta haverá ainda uma reunião em São Paulo sobre a unificação dos protocolos das polícias sobre como atuar nas manifestações.

 

A primeira reunião entre os secretários de segurança e Cardozo aconteceu na semana passada e teve a concordância da presidente Dilma, que classificou como "barbárie" e "antidemocrática" a ação dos 'black blocs' -- manifestantes que praticam o confronto com as forças policiais e a destruição de agências bancárias, lojas e prédios públicos como forma de protesto pelo país.

 



 

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