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Notícia postada dia 22/10/2013

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Força Nacional lança bombas e Exército cerca praia para Dilma privatizar pré-sal

Força Nacional lança bombas e Exército cerca praia para Dilma privatizar pré-sal

"Isto está me lembrando a ditadura”, disse moradora da Barra; Protesto contesta o leilão; Força Nacional lançou bombas contra manifestantes

 

Tropas do Exército cercam o Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde está previsto para acontecer, à tarde, a privatização do Campo de Libra, do pré-sal, maior reserva de petróleo já descoberta no país. Manifestantes contrários à privatização estão no local desde as primeiras horas da manhã.

 Por volta das 10h45, policiais da Força de Segurança Nacional, tropa vinculada à presidente da República, Dilma Rousseff, lançaram pela primeira vez uma enorme quantidade de bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo contra os participantes do ato, que acontece na altura da Praça do Ó. Muitos tiros de bala de borracha foram disparados, há pelo menos um ferido com mais gravidade na cabeça, que foi encaminhado para um hospital, além de vários outros feridos nas pernas e nos braços. Até aquele momento, nada havia sido quebrado por manifestantes. O ataque ocorreu no momento em que alguns manifestantes forçaram a grade que cerca o acesso ao hotel. Cerca de 600 pessoas participam do protesto.

 

Duas barreiras, a primeira da Força de Segurança Nacional, a segunda do Exército, esta com cerca de 200 homens, separam manifestantes do hotel. Há dois caminhões de jato d'água posicionados nos extremos da área cercada. No mar, dois barcos da Marinha patrulham a orla. Helicópteros da polícia sobrevoam o local. Grades foram colocadas até mesmo na faixa de areia, onde também há soldados, na barreira mais próxima ao hotel, e policiais da Força Nacional à altura de onde se encontram os manifestantes, agora mais afastados por conta dos ataques da polícia, que, neste momento [segunda (21), 13h], vem dando tiros e lançando bombas de forma esporádica contra os manifestantes.

 

Com as barreiras, moradores e trabalhadores da região foram obrigados a contornar pela faixa de areia, próximo ao mar, para chegar às suas residências ou ao trabalho. “É uma sem-vergonhice, a gente vai trabalhar e já chega cansada”, disse a empregada doméstica Aparecida, que saiu às 6h da manhã de Belford Roxo, na Baxada Fluminense, e que por volta das 8h30 caminhava do Posto 3 até pouco depois do Posto 4.

Moradora do conjunto de prédios do Barramares, a professora Carmen também se dizia revoltada. “Isso aqui está me lembrando o tempo da ditadura militar”, disse. “Eu lembro, eu vivi isso. Tem mais é que vir os black blocs e quebrar tudo”, prosseguiu. “É uma vergonha, é uma roubalheira e ela [Dilma] disse que não ia privatizar”, criticou. A reportagem perguntou o nome completo da moradora, mas ela se esquivou olhando para os soldados do Exército: “Só não vou dar o nome... é ditadura”.

 

 Luta Fenajufe Notícias - Por Hélcio Duarte Filho



 

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