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Notícia postada dia 23/07/2013

Notícia postada dia 23/07/2013

Saúde na UTI. Por quê?

Saúde na UTI. Por quê?

Os planos privados viraram um grande negócio para as operadoras médico-hospitalares na última década


A receita das operadoras médico-hospitalares no país aumentou 158% ao longo de dez anos. Saltou de R$ 28 bilhões, em dezembro de 2003, para quase R$ 73 bilhões, em dezembro de 2012, segundo dados da ANS, a Agência Nacional de Saúde Suplementar, do governo federal.


Mas o crescimento no nível de arrecadação dos planos de saúde não veio acompanhado por melhorias no atendimento aos usuários. Pelo contrário, as reclamações dos associados crescem de forma significativa.
Ter plano de saúde privado hoje, não significa garantia de atendimento rápido e de qualidade.
O tempo de espera por uma consulta especializada ou exame mais elaborado cresce a cada dia.  E as reclamações dos usuários se intensificam na mesma proporção.


A voracidade com que os planos privados atuam para atrair mais associados é um dos motivos do congestionamento no atendimento dos novos e antigos usuários.
A superlotação e as filas de espera não são mais exclusividade do SUS. São uma realidade concreta dos planos de medicina privada.


O aumento no número de associados também não representou redução nos valores das mensalidades dos usuários. Foi exatamente o oposto que ocorreu. Cada vez mais, esses valores se elevam.
Serviços mais caros e declínio no atendimento. Essa é a realidade da saúde privada no país.
E por que isso acontece? Porque os planos privados visam o lucro em primeiro lugar.


Cartéis

Uma das explicações para o aumento dos preços e a queda na qualidade do atendimento é o grau de concentração que ocorreu no setor nesse período. De dezembro de 2003 a dezembro de 2012, houve um declínio de 28,4% no número de operadoras privadas no mercado. O processo se explica pela fusão e aquisição de um grupo pelo outro.
 

Recentemente o ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, criticou o subsídio estatal ao setor de saúde privada. Em entrevista à revista Carta Capital, Temporão afirma que “em 2011, o volume total de subsídios ao mercado privado através de isenções e renúncia fiscal foi de 16 bilhões de reais, volume que deveria estar sendo direcionado para o setor público”, alfineta.


O valor é extremamente significativo, ainda mais se comparado ao orçamento da União deste ano para a saúde, que é de R$ 99,3 bilhões.


O coordenador da Frente Nacional Contra a Privatização do SUS, Francisco Batista Júnior, engrossa o coro na crítica. Segundo ele, estudo do Ipea, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, aponta que a renúncia fiscal do governo beneficiou os planos de saúde. Quase a metade dessa renúncia fiscal foi direcionada para o setor de medicina privada.


O Ministério da Saúde rebate a crítica. “Cumpre rigorosamente o que prevê a Emenda 29”, afirma a nota enviada ao Jornal do Sintrajud.


O orçamento da saúde equivale a pouco mais de 4% do orçamento da União, enquanto que o montante repassado ao setor financeiro por meio do pagamento de juros e amortizações da dívida atinge a casa dos 44%.
O SUS é um dos exemplos mais democráticos de saúde pública do mundo. O modelo universal de atendimento é reconhecido internacionalmente. Mas a falta de injeção de recursos acaba estrangulando o plano público de saúde que teria condições de atender a todos os brasileiros com qualidade.


Fonte: Sintrajud.
 



 

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