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Notícia postada dia 14/07/2013

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Manifestantes mudaram, simbolicamente, nome de ponte em SP

Manifestantes mudaram, simbolicamente, nome de ponte em SP

O Protesto pela democratização da mídia realizado em SP no dia 11 ocorreu em frente ao prédio da Rede Globo, onde um grupo de manifestantes mudou o nome da ponte estaiada da marginal Pinheiros de Otávio Frias de Oliveira para jornalista Vladimir Herzog.
Vlado, como era conhecido, foi assassinado sob tortura no DOI-Codi (centro de tortura do Exército) paulista, em 25 de outubro de 1975.O protesto é simbólico (sobre o nome oficial foi colada uma faixa com o nome de Herzog), mas foi um marco na história da luta por justiça e pela democratização da mídia, que está concentrada na mão de poucas famílias.
A Rede Globo e a Folha de São Paulo são duas empresas que fazem parte desse oligopólio, como é conhecido popularmente a concentração da informação. A ponte estaiada que serve de cenário para o jornal SPTV foi inaugurada pelo ex-governador José Serra (PSDB) e pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), em 2008, e recebeu o nome de Otávio F rias de Oliveira, ex-proprietário da Folha de São Paulo e pai de Otávio Frias Filho, atual dono do Grupo Folha.
 
O jornal dos Frias foi um dos apoiadores da ditadura militar, assim como a Rede Globo. Relatos de vários ex-presos políticos denunciam que a Folha cedeu, inclusive, carros do jornal para o transporte desses prisioneiros para os centros de tortura da repressão. Ontem, durante o protesto, uma das palavras de ordem gritada pelos manifestantes nas ruas da região da Berrini, na zona sul da capital paulista, onde está localizado o prédio da Globo, foi: "a verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura".
Roberto Marinho, ícone do apoio aos ditadores, recebeu dos militares em 1965, a concessão pública como recompensa. A Globo foi parte da estratégia da ditadura militar de massificar nacionalmente a versão dos fatos que interessavam ao governo. De lá pra cá seus tentáculos se ampliaram.
Hoje a Rede Globo opera em todas as plataformas da comunicação: TV, TV a c abo, rádio web, AM, FM, jornais, revistas, internet. Segundo João Brant, membro do Intervozes, uma das entidades organizadoras do protesto e que atua pela democratização da mídia, a riqueza dos três herdeiros de Roberto Marinho representa atualmente a 18ª fortuna do mundo. “Se tornaram poderosos à custa da concessão pública”, ressalta.
 
Concessão pública
Todas as emissoras de rádio e TV são concessões públicas. O governo federal repassa a determinados grupos econômicos e famílias o direito de veicular a informação. Essas concessões são renovadas no Congresso Nacional sempre a toque de caixa, sem a participação da sociedade. Como vários parlamentares e políticos são “donos” de emissoras de rádio e TV não há interesse em discutir o assunto.
A maioria da população não sabe que os Marinho não são donos da Globo, que Edir Macedo não é dono da Record, que Silvio Santos não é dono do SBT, que João Sayad não é dono da Bandeirantes. Todo s eles receberam concessões públicas para operar, mas não são donos do canal de informação. Suas propriedades se restringem aos prédios e equipamentos utilizados na produção do conteúdo.
 
Fonte: SINTRAJUD


 

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