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Notícia postada dia 12/07/2013

Notícia postada dia 12/07/2013

Dia Nacional de Luta

Dia Nacional de Luta

Trabalhadores fazem greves, passeatas e bloqueios em rodovias em todo país


Todos os estados brasileiros registram algum tipo de participação nesta quinta-feira (11), Dia Nacional de Luta. Foram realizadas paralisações em fábricas, agências bancárias, escolas e universidades, comércio, transportes, serviço púbico em todas as esferas, entre outros manifestos. Onde não ocorreu paralisação do transporte se viram vários bloqueios em estradas.


 Os atos foram organizados por centrais sindicais CSP-Conlutas, Intersindical, CUT, Força Sindical e UGT. Por volta do meio-dia, ao menos 20 rodovias em dez estados ainda permaneciam fechadas.


Judiciário:

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região e o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, O TRF da 4ª Região, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região e a Seção Judiciária da Bahia (e Subseçoes),  suspenderam suas atividades nesse dia. O TRF-5 funcionou apenas pela manhã.


Bahia

Trabalhadores e estudantes fizeram uma grande passeata do Campo Grande até a Praça Municipal, onde participaram de uma audiência pública sobre mobilidade urbana. Com o grande número de interessados em participar, houve tumulto, mas não foram registradas cenas de violência.  Em diversas vias de entrada da cidade ocorreram bloqueios causando grandes congestionamentos.


As bandeiras foram muitas, mas as principais cobravam 10% do PIB para a educação e o mesmo percentual para a saúde pública; fim do fator previdenciário; respeito ao direito de greve; reforma agrária e auditoria da dívida.


Os servidores do Judiciário na Bahia compareceram ao chamado do SINDJUFE-BA e se uniram aos demais trabalhadores e estudantes levando as suas reivindicações por um serviço público gratuito e com qualidade, anulação da reforma da previdência, data-base para o servidor, redução da jornada e muitas outras.


Em Feira de Santana e Vitória da Conquista também houve grande participação de rua com trabalhadores privados e públicos entoando palavras de ordem e muitas faixas em desaprovação à política econômica do Governo, corrupção, gastos com a Copa, etc.


Rio:

Um novo embate entre policiais e manifestantes aconteceu às 20h, no centro do Rio. No bairro Laranjeiras, outro grupo enfrentava a PM nos arredores do Palácio Guanabara, a sede oficial do governo do Estado.


Policiais da tropa de choque fizeram um cerco na praça da Cinelândia, onde um grupo de aproximadamente 100 manifestantes ocupava a escadaria da Câmara Municipal do Rio. A PM chegou a usar o jato d'água para dispersar o grupo. De acordo com a assessoria da PM, dez pessoas foram presas e dois menores, detidos. Um policial foi ferido na cabeça.


Brasília:

De acordo com dados da PM, Cerca de 6.000 manifestantes estiveram na frente do Congresso Nacional. As principais reivindicações dos trabalhadores são o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, a aceleração da reforma agrária e a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação e de 10% do Orçamento da União para a saúde.


São Paulo:

Na cidade de São Paulo, os protestos fecharam avenidas importantes da cidade. Na zona sul um protesto com cerca de cinco mil trabalhadores de 35 metalúrgicas da região transformou-se em um ato contra a presidente Dilma Rousseff. Enquanto caminhava, o grupo repetia xingamentos à presidente. "Eu quero mandar aquele recadinho de novo para nossa querida Dilma", disse o diretor José Silva, incitando os trabalhadores a cantar "1,2,3, 4,5 mil, eu quero que a Dilma vá..."


Outros Estados

Em Porto Alegre, onde os rodoviários não paralisaram foram Impedidos de deixar as garagens por sindicalistas. Os trens que ligam cidades da região metropolitana a Porto Alegre deveriam funcionar pela manhã das 5h30 às 8h30, mas foram fechados às 7h30, devido a atos de vandalismo.


Em Manaus, cerca de 40% da frota de ônibus do transporte público está parada. No distrito industrial da Zona Franca de Manaus, os operários bloquearam vias de acesso às fábricas, o que provocou atrasos.


No Paraná, as manifestações são lideradas por metalúrgicos das principais fábricas do Estado, como Renault, Volvo e Volkswagen, que paralisaram suas atividades. Segundo o sindicato da categoria, cerca de 10 mil metalúrgicos aderiram ao movimento. Praças de pedágio no interior do Estado também foram ocupadas por manifestantes.


Em Curitiba, o Hospital de Clínicas paralisou o atendimento a novos pacientes desde as 6h. Apenas urgências, emergências e pacientes que já estão internados recebem atendimento. Professores e servidores da UFPR (Universidade Federal do Paraná) também cancelaram as atividades. Desde o início da manhã, há marchas de algumas categorias em direção ao palácio do governo, no Centro Cívico. Várias ruas da região central sofrem interdições temporárias por causa das passeatas. Às 16h, está previsto um grande ato na praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba.


Em Pernambuco, o presidente da Força Sindical em Pernambuco, Aldo Amaral, disse em entrevista que o Complexo Portuário de Suape, no Grande Recife, um dos principais polos da economia de Pernambuco, está paralisado.


Críticas:

Muitos participantes avaliaram que as centrais sindicais ligadas principalmente ao PT e PCdoB tentaram blindar a presidente e seu Partido dos ataques que esses vêm sofrendo desde junho quando os protestos começaram. A CUT e a CTB defenderam abertamente a reforma política e o plebiscito como o governo propõe.  Outras centrais, sindicatos, estudantes e movimentos sociais porém, fizeram o contraponto e denunciaram essa tentativa dos governistas de abafar o clamor das ruas por um Brasil melhor. "nem CUT nem PT, eu quero mesmo é o povo no poder!", muitos gritavam, para se descolarem do discurso governista capitaneado pela CUT e CTB, entre outras centrais.


Pagamento:

Em SP, um grupo de 80 pessoas com camisetas da UGT receberam R$ 70 por terem participado do ato. O pagamento se deu volta das 15h, quando a manifestação acabou. Questionados por jornalistas, o “recrutador” disse que foi uma “ajuda humanitária”, mas as pessoas na fila para receber o pagamento confirmaram que não tinham relação com sindicatos filiados à UGT e que foram ao ato apenas para receber os R$ 70. Gestos como esse foram criticados duramente pelos trabalhadores e estudantes presentes nos atos e também por quem se ausentou. Um transeunte, que não quis se identificar falou: "isso é injustificável! Central que se diz representar trabalhadores pagar pessoas humildes para vender esse discurso contraditório e falido, já sepultado nas ruas."



Com informações do Uol, jornal A Tarde, Folha e Conjur.
 



 

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