SINDJUFE-BA

 As manifestações contra o aumento das tarifas, e outras bandeiras, vêm se expandindo pelo país. Hoje haverá ato também em Salvador, 14 horas, no Campo Grande.

Fruto da pressão popular, em algumas cidades já foi revogado o aumento da tarifa no transporte público. De acordo com a imprensa, ao menos 11 cidades, destas, nove capitais, reduziram as tarifas, cancelaram reajustes ou diminuiram o percentual de aumento. Porém os manifestantes afirmam que os atos não irão parar pois existem outras bandeiras importantes e urgentes, principalmente fazer o povo ter voz na decisao sobre os gastos públicos. Da copa, eu abro mão / eu quero é saúde e educação", dizia diversos cartazes em todo o Brasil.

Nesta terça-feira (18), os paulistanos fizeram mais um protesto que, de acordo com a mídia, contou com a participação de mais de 50 mil nas ruas. Também marcaram uma nova  manifestação para esta quinta-feira (20),que já está configurada como uma data nacional da luta contra o aumento dos preços na tarifa do transporte. Há protestos programados para  acontecer em pelo menos 71 municípios. “Desta vez será maior”, prometem  os manifestantes nas redes sociais.

Fruto da pressão popular, em algumas cidades já foi revogado o aumento da tarifa no transporte público. De acordo com a imprensa, ao  menos 11 cidades, destas, nove capitais, reduziram as tarifas,  cancelaram reajustes ou diminuiram o percentual de aumento. Entre as  capitais, João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO) não  reajustaram as tarifas, após as pressões. Curitiba (PR), Manaus (AM),  Natal (RN) e Vitória (ES) voltaram atrás e decidiram reduzir o preço das passagens.

Outras bandeiras

Nas manifestações de ontem, 19, os protestos voltaram a reclamar do Pastor Feliciano, presidente da CDH que, aproveitando o esvaziamento da Câmara, aprovou nessa semana em sua comissão, a “cura gay”, como é conhecido o projeto dos parlamentares conservadores que visa revogar um parecer do Conselho Federal de Psicologia o qual, há mais de 20 anos retirou a homossexualidade do rol de doenças, não podendo portanto ser “curada”. Os manifestantes levaram cartazes que diziam: “doente é o pastor, mas pra ele não tem cura!”.

Outra reivindicação é a exigência da participação popular nos gastos dos governos, já que “ao povo o que interessa é serviço público de qualidade, e não copa do mundo”, disse um dos manifestantes ontem em São Paulo.

Após as grandes pressões populares contra a rede globo, esta vem pautando esse assunto na sua programação embora tentando esvaziar os protestos após o anúncio da redução das tarifas de transporte. Em uma entrevista realizada ontem, 19, a professora da FGV Sônia Fleury, ante a essa sinalização da repórter, afirmou “espero que isso não pare, pois não é só isso que eles querem e que o Brasil precisa. E é bastante emblemático e positivo vermos assuntos políticos predominarem na pauta cotidiana do povo brasileiro justamente em época de copa das confederações.”

Protestos avançam no Brasil se estendem pelo mundo

Desde o final da semana passada diversas Cidades se unem ao resto do País, mostrando que a indignação não ocorre apenas no eixo RIO-SP-BRASÍLIA. Do norte ao Sul do Brasil o povo está indo as ruas espontaneamente se manifestar contra o  que eles chamam de “inversão de valores” quando cifras altíssimas são direcionadas para estádios e transmissões de jogos (R$18 mil para cada jogo da Copa das Confederaçoes), enquanto Escolas, Universidades e Hospitais são relegadas a segundo plano na divisão de recursos. “queremos hospitais padrão FIFA” dizia diversos cartazes. Na Bahia diversas Cidades, como Ilheus, Itabuna, Vitória da Conquista entre outras também promoveram atos de protesto.

Atos também na Espanha, Inglaterra, Portugal, Itália, Alemanha, Canadá, Dinamarca, Suécia, México e Argentina, registraram  apoio aos protestos brasileiros. Falas demonstram surpresa e alegria pelo fato do “País ter acordado!”

Fonte: SINDJUFE-MT, SINTRAJUD, UOL, A TARDE