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Notícia postada dia 25/04/2013

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Marcha leva milhares a Brasília e mostra resistência a projetos do governo Dilma

Marcha leva milhares a Brasília e mostra resistência a projetos do governo Dilma

Entre 20 e 25 mil participaram da marcha que uniu servidores e o setor privado, o campo e a cidade e estudantes para defender os direitos dos trabalhadores
 
As avenidas de Brasília foram tomadas por manifestantes das cidades, do campo, dos setores públicos, privados, estudantis e que lutam contra as discriminações raciais, homofóbicas e de gênero, que fizeram desta quarta-feira, 25 de abril, um dia que, para muitos que lá estiveram, entrará para história das lutas dos trabalhadores no Brasil.
 
Avaliações mais tímidas falavam em 15 mil manifestantes. As mais otimistas, em 30 mil. A Polícia Militar primeiro disse dez mil, mas, depois, teria reavaliado em 25 mil. Números à parte, é o teor do protesto que faz com que esta Marcha a Brasília seja considerado por muitos um marco na rearticulação dos movimentos sindicais, sociais e estudantis não alinhados ao governo petista de Dilma Rousseff. 
 
Recado a Dilma
Logo na saída da marcha, por volta das 9h30, ainda no Estádio Mané Garrincha, o líder sem-terra José Rainha deu o tom de um protesto que não poupou críticas ao governo. "Viemos para dizer que se Dilma não tiver caneta para desapropriar o latifúndio, nós vamos fazer com a foice, com ocupações", disse. "Não adianta dar bilhões para o agronegócio, porque de um jeito ou de outro o campo se organiza e vai conquistar a reforma agrária", afirmou.
 
O sol, boa parte do tempo escondido entre nuvens, não chegou a castigar muito os manifestantes. Mas a caminhada foi longa. A marcha levou quase uma hora e meia para percorrer os quase quatro quilômetros que separam o estádio da Catedral, tradicional ponto de encontro para os atos em Brasília - que dali percorrem o Eixo Monumental para, um quilômetro depois, chegar ao Congresso Nacional, ao STF e ao Palácio do Planalto, sede do governo. 
 
Contra a ‘flexibilização’ das leis trabalhistas
Os manifestantes reafirmavam - em cada faixa, palavra de ordem ou discurso proferido do carro de som - que consideram o governo atual inimigo dos trabalhadores e das lutas populares. O papel desempenhado pelas centrais sindicais que apoiam Dilma, como a CUT e a Força Sindical, também recebeu críticas duras.
 
Em frente ao Ministério do Trabalho, houve um rápido e simbólico 'enterro' do ACE (Acordo Coletivo Especial de Trabalho), projeto elaborado pela CUT e apresentado ao governo e ao Congresso que faz com que acordos entre sindicatos e empresários se sobreponham a direitos estabelecidos na legislação. "Estamos falando de direitos históricos, como férias, 13o salário, como direito à amamentação e a multa de 40% do FGTS", disse Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), que se opõe ao projeto.
 
Servidores presentes
A Marcha de 24 de abril também defendeu a revogação da reforma da Previdência, o fim das privatizações e a pauta de reivindicações dos servidores públicos federais, que compareceram em bom número. "A luta dos servidores não é só econômica, é uma luta por manutenção de direitos, contra o fim da estabilidade, contra a reforma da Previdência", disse Saulo Arcangeli, que, falando pela Fenajufe, lembrou que a categoria está há mais de uma década sem reajuste na data-base e destacou o congresso da categoria que acontecerá nos próximos dias.
 
A manifestação terminou em frente ao Congresso Nacional, onde não foram poucas as críticas à pauta política imposta pela maioria dos parlamentares e aos acordos políticos que levaram à Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara alguém apontado como homofóbico, racista e preconceituoso com as mulheres. Também não foram poucos os que defenderam a continuidade das mobilizações para mudar este quadro. 
 
Fonte: Luta Fenajufe Notícias



 

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