SINDJUFE-BA

A dois dias do 8º Congrejufe, servidores do Judiciário Federal e do MPU vão participar da marcha que contestará projetos do governo Dilma (PT).

 Servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União vão participar da marcha que chegará a Brasília na manhã desta quarta-feira (24) e deve reunir milhares de manifestantes. O ato une setores sindicais, dos movimentos sociais e estudantis críticos às políticas do governo Dilma Rousseff (PT) e é parte da campanha salarial.
 
Devem ser contestados projetos que vêm sendo negociados com o governo pelas centrais sindicais pró-governo, como o que sobrepõe o que for negociado entre patrões e empregados ao que prevê a legislação trabalhista. Também se defenderá o fim do fator previdenciário sem que este seja substituído por fórmulas que, na prática, introduzem a idade mínima e reduzem direitos dos aposentados.
 

Data-base e reposição anual
 
O ato ocorre a dois dias do início do congresso nacional da categoria (8º Congrejufe), que ocorrerá em Caeté, Minas Gerais. E levará às ruas ao menos parte dos temas que diferenciam os setores sindicais que se opõem aos projetos de Dilma dos segmentos próximos ao governo petista, hoje majoritários na direção da federação (Fenajufe).
 
A marcha agrega uma série de reivindicações, sintetizadas em 14 pontos centrais, dentre eles a defesa da fixação da data-base dos servidores em 1º de maio e uma política salarial permanente que preveja reposição anual das perdas decorrentes da inflação.
 
Reforma da Previdência
 
A manifestação defenderá ainda a anulação da reforma da Previdência de 2003, aprovada pelo então presidente Lula com base na compra de votos de deputados e de apoios políticos, o que foi constatado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal.
 
Esse aspecto fez a direção nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores) divulgar nota pelo boicote à marcha. A central quer a anulação não da reforma que reduziu direitos previdenciários dos servidores, mas do julgamento do ‘mensalão’ no STF.
 
De acordo com levantamento divulgado pela CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), uma das entidades que organizam o ato, pelo menos nove sindicatos do Judiciário Federal e MPU devem enviar representantes ou caravanas a Brasília, mas é possível que mais entidades do segmento participem. O funcionalismo federal fará à tarde, após a marcha, um ato público em frente ao Ministério do Planejamento.
 
 

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