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Notícia postada dia 23/04/2013

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Marcha levará milhares a Brasília contra projetos do governo Dilma que atacam trabalhadores

Marcha levará milhares a Brasília contra projetos do governo Dilma que atacam trabalhadores

Manifestação que também terá servidores já se contrapõe a ato das centrais pró-governo e aglutina quem quer impedir cortes de direitos dos trabalhadores
 
A 'Marcha a Brasília', que deverá reunir milhares na quarta-feira, 24 de abril, já se configura numa referência de resistência e contestação nos movimentos sindical, estudantil e sociais às políticas e projetos adotados pelo governo Dilma Rousseff (PT). Também desempenha, antes mesmo de ocorrer, papel de contraponto às centrais alinhadas ao governo, grupo que tem na CUT (Central Única dos Trabalhadores) sua maior expressão.
 
A expectativa dos organizadores é de que a manifestação na capital federal reúna entre 15 mil e 20 mil trabalhadores ou até supere esta marca, dos setores públicos e da área privada, estudantes, sem-terra, sem-teto e representantes de outros movimentos sociais. "A marcha se transformou num pólo de atração de todos os setores que querem lutar", afirmou Paulo Barela, da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) e da Coordenação Nacional dos Servidores Públicos Federais (Cnesf). “Há uma contraposição clara com o movimento das centrais [governistas]”, observou. A participação do funcionalismo, que dá os primeiros passos da campanha salarial que defende o respeito à data-base e uma política salarial permanente, tende a ser expressiva. 
 
Do outro lado
Nos últimos dois anos, a CUT integra o fórum unificado do funcionalismo federal. A marcha do dia 24 foi definida pelas entidades sindicais da categoria como a principal atividade desta primeira fase da campanha salarial de 2013. Apesar disso, a central divulgou nota criticando a manifestação e conclamando os seus sindicatos filiados a boicotá-la.
 
O principal motivo alegado para a 'campanha' contra a marcha, reconhecido na nota, está associado ao movimento pela anulação da reforma da Previdência. A direção desta central se recusa a defender tal bandeira, reerguida após os ministros do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Ação penal 470 (o ‘mensalão’), constatarem que a votação da referida reforma ocorreu com compra de votos de deputados federais. "Tudo em nome da defesa dos mensaleiros", criticou Barela. 
 
Sem alianças com o governo
A ‘nota de esclarecimento’, assinada pelo presidente e pelo secretário-geral da CUT nacional, Vagner Freitas e Sérgio Nobre, faz referência à CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), uma das organizadoras do ato, ao lado de seis confederações, da Intersindical, e de dezenas de outras entidades. Isso ajudou a cristalizar a contraposição do ato do dia 24, que reúne setores não alinhados ao governo, das movimentações das centrais que apoiam Dilma Rousseff - e que no início de março promoveram outra marcha em Brasília.
 
A nota diz que a CSP-Conlutas faz “coro com aqueles que jogam na ‘judicialização’ da ação política e sindical, buscando apoiar-se no julgamento de ‘exceção’ do STF da Ação Penal 470 (‘mensalão’) para pedir, ao próprio STF, a ‘anulação da reforma da Previdência’, sem esconder objetivos meramente político-partidários”.
 
Também em nota, a CSP-Conlutas respondeu que não está numa disputa com a CUT, mas faz o que considera uma obrigação: defender os interesses “de oito milhões de servidores públicos do país surrupiados” por uma reforma que até o STF reconheceu ter sido aprovada sob um esquema de compra de votos e de apoio político.
 
Legislado versus negociado
Além do 'mensalão', há outro aspecto em evidência que afasta as centrais ligadas ao governo da marcha do dia 24: o projeto de Acordo Coletivo de Trabalho com Propósito Específico (ACE), proposta que a CUT não apenas apoia como elaborou, através do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, e levou à Presidência da República. Não obstante a nova denominação, o projeto reprisa uma tentativa, que não obteve êxito no final dos anos 1990, de flexibilizar a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), de forma que o que for negociado entre patrões e empregados se sobreponha ao que está na legislação.
 
A manifestação que tomará Brasília na quarta-feira ganhou novas adesões no transcorrer de sua organização, dentre elas a convocação por parte da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). Também terá a participação de setores que integram a CUT, mas não concordam com a posição da direção da central, como o 'CUT Pode Mais'. Trabalhadores do Judiciário Federal vão participar - pelo menos nove sindicatos filiados à federação nacional (Fenajufe) estão ajudando a organizar a marcha.
 
Fonte: Luta Fenajufe Notícias



 

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