SINDJUFE-BA

Concentrados desde o último dia 11 na sede do INCRA e Dnocs em Salvador, os militantes do Movimento dos Sem Terra cumprem agenda do Abril Vermelho. Fazendo passeatas e marchas, eles relembram à sociedade a luta encampada e os massacres já sofridos.
 
Em todo o país, nesta quarta-feira (17), militantes do MST protestaram para relembrar o Massacre de Eldorado dos Carajás, protestando contra a violência que existe no campo e os assassinatos de agricultores e militantes. Para quem não se recorda, o massacre, ocorrido em 1996, resultou na morte de 21 trabalhadores rurais no confronto com a PM do Pará.
 
Na Bahia, a manifestação foi marcada por uma marcha, feita nas imediações do Centro Administrativo e Sussuarana – onde estão acampados, contando com a presença de quase cinco mil trabalhadores. Além de relembrar o massacre, os manifestantes pediram que a justiça apure a morte de Fábio Santos da Silva, coordenador do MST assassinado no início do mês, em Iguaí, região sudoeste da Bahia, além da apresentação de um plano de assentamentos e lentidão da 7ª Vara Agrária para a liberação de cerca de 40 processos de imissão de posse de terra. De acordo com dados divulgados pelo Jornal A Tarde, os militantes se reuniram com a juíza, e foram informados pela Justiça Federal de que a maioria das posses não foi emitida pois o INCRA não fez o depósito integral das indenizações financeiras.

 
Atualmente existem 523 processos judiciais envolvendo a Reforma Agrária no Brasil, dos quais 234 estão parados na Justiça Federal. Existem 69.233 grandes propriedades improdutivas no país, que controlam 228 milhões de hectares de terra (IBGE/Censo de 2010), que deveriam ser destinadas à Reforma Agrária pela Constituição.
 
Com informações da Radioagência NP, jornal A Tarde, Agência Brasil e Correio Braziliense