SINDJUFE-BA

Os indicadores sérios mostram que a inflação vem caindo. Atento aos fatos, o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto assinala em artigo: “A inflação, medida pelo IPCA mês a mês, tem sido cadente em 2013 - 0,86% em janeiro, 0,60% em fevereiro e 0,47% em março. Mas anualizada ultrapassou o teto da meta em 0,09 pontos percentuais”.
 
Ele esclarece que os “0,09 pontos percentuais em um ano dão menos que 1 dividido por mil”.
 
O boletim da Agência Sindical (Repórter Sindical) de terça-feira (16) foi na mesma linha, recorrendo a artigo do professor Delfim Neto, na revista CartaCapital, onde ele mostra que a inflação foi mais alta com FHC.
 
Os dados são: primeiro mandato de FHC, inflação anual de 9,7%; segundo mandato, inflação média de 8,8%; governo Lula, primeiro mandato, inflação média de 6,4%; segundo, índice médio de 5,1%. Governo Dilma, inflação média de 6,2%.
 
A tentativa midiática de semear histeria esconde sua real intenção: subir os juros, promover recuo no mercado de trabalho e achatar ganhos salariais, empurrando o País para um círculo vicioso, do qual só se sai após muitos anos ou décadas. Ou seja, vida dura para quem trabalha e produz e vida mansa para o rentismo parasita.
 
Dois objetivos
Esse movimento da mídia atende à duas demandas. A primeira, naturalmente, é econômica. Com juros altos elevam-se os ganhos do rentismo, pois a remuneração do capital seria maior com a elevação da taxa de juros.
 
A segunda é política, pois se abre um flanco para derrotar a tendência de continuidade do atual governo. A atenção, portanto, dos movimentos sociais e sindical deve ser redodrada, pois do contrário esse movimento ganha corpo e forma e se materializa atingindo os dois objetivos.
 
Protesto
Isso é tudo o que o sindicalismo não quer e o trabalhador não merece. Por isso, é acertado o protesto na frente de agências do Banco Central, convocado pelas Centrais Sindicais para esta quarta-feira (17), contra eventual aumento na taxa Selic. 
 
Fonte: DIAP