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Notícia postada dia 12/04/2013

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Romper com CUT e governo é decisivo para Fenajufe liderar lutas da categoria, dizem servidores

Romper com CUT e governo é decisivo para Fenajufe liderar lutas da categoria, dizem servidores

Congresso da federação nacional, em MG, debaterá lutas prioritárias da categoria

 

Os ventos da mudança sopraram em boa parte das mais de três dezenas de assembleias realizadas pelo país para eleger os cerca de 500 delegados que vão ao 8º Congresso da Fenajufe, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU, que será realizado em Caeté, cidade próxima à capital mineira, Belo Horizonte, de 26 a 30 de abril próximos. 

 

Tudo indica que o congresso tende a ser um dos mais disputados dos últimos anos.  'Delegado' é a denominação usada para designar cada servidor eleito para representar o conjunto da categoria no congresso da federação, que reúne 31 sindicatos do setor. Nas mãos destes trabalhadores, dos quais 50 foram escolhidos na assembleia do Sintrajud em São Paulo, vão estar decisões que devem delinear os caminhos que a Fenajufe vai trilhar nos próximos anos. "Defendemos que a federação rompa com a CUT e com o governo", disse Pedro Aparecido, diretor da federação e do sindicato de Mato Grosso (Sindijufe-MT), referindo-se a uma proposta presente nas teses e que se contrapõe à posição dos setores majoritários na direção da Fenajufe.  Para ele, os laços com a CUT e a proximidade da maioria dos atuais diretores da federação com o governo acabam sendo "um freio de mão nas lutas" da categoria. 

 

"O ponto fundamental é debater o que vamos fazer daqui para frente, na [luta] pela data-base, [pela reposição] da inflação, pelo plano de carreira e melhores salários", propôs o servidor, que também integra a coordenação do movimento LutaFenajufe. "E, para isso, se livrar da CUT vai ser um grande triunfo. A categoria já percebeu de que lado a CUT está e a desfiliação é fundamental para todos os desafios que vamos enfrentar", sustentou Pedro Aparecido.  Reforma da Previdência Esse sentimento já esteve bem presente na última plenária estatutária, ocorrida no ano passado em São Luís, capital do Maranhão. Não havia dúvidas de que a maioria dos delegados estava favorável à desfiliação, mas uma manobra da mesa, controlada pelo setor majoritário na direção, que apoia o governo, acabou impedindo que o tema fosse levado à plenária final para debate e deliberação.   

 

É provável que parte dos servidores se pergunte por que temas como estes tendem ter tanto peso no congresso da federação - afinal, uma leitura superficial pode induzir à conclusão de que essa pauta não está diretamente relacionada aos interesses da categoria. Mas o fato é que essa definição terá reflexos diretos também sobre quase tudo que envolve a luta sindical e as reivindicações mais imediatas e corporativas dos trabalhadores do setor. Hoje, por exemplo, a CUT se nega a assinar a campanha pela anulação da reforma da Previdência porque participar dessa luta jogaria sua direção na contradição de alegar que esta emenda constitucional que reduziu aposentadorias e direitos foi aprovada com votos comprados, como já assinalaram os ministros do Supremo Tribunal Federal, e ao mesmo tempo apoiar as lideranças partidárias do PT e do governo, como José Genuíno e José Dirceu, condenados no julgamento do ‘mensalão’ justamente por estarem à frente deste esquema.  

 

Construir a unidade Servidores que defendem romper com a CUT observam a necessidade de superar as divisões e unir a categoria para construir e defender um plano de carreira e todas as demais reivindicações dos trabalhadores. "Nós hoje temos muitas divisões e distorções como resultado de uma política deste governo", disse Ana Luiza Figueiredo Gomes, diretora da Fenajufe e servidora do TRF em São Paulo, ao defender a unidade. "Para vencer o governo é preciso romper com a CUT", observou. O movimento LutaFenajufe avalia que a relação da maioria dos dirigentes da federação com o governo teve reflexos muito ruins na luta para aprovar a revisão do plano de cargos e salários, o PCS-4. O abandono do debate e da luta pela carreira imposta por esses dirigentes teria ajudado a construir as condições que levaram à divisão. "A tarefa fundamental é unir a classe e organizar a categoria na base", reforçou Adilson Rodrigues, servidor da Justiça Federal em Santos e diretor do Sintrajud, apontando a necessidade de superar não só as divisões, como as seguidas tentativas de alguns sindicalistas de atropelar os fóruns da federação e as decisões nacionais da categoria - referindo-se, basicamente, a direção do sindicato de Brasília (Sindjus-DF) e seus aliados.

 

Fonte: Sintrajud (Hélcio Duarte)



 

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