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Notícia postada dia 15/02/2013

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Comissão interna na AGU sugeriu apurar atuação de Adams, mas corregedor o inocentou

Comissão interna na AGU sugeriu apurar atuação de Adams, mas corregedor o inocentou

OPERAÇÃO PORTO SEGURO


Ao investigar a suspeita de envolvimento de servidores da AGU (Advocacia-Geral da União) no esquema da Operação Porto Seguro, uma comissão de sindicância interna do órgão apontou indícios de irregularidade na atuação do ministro Luís Inácio Adams e pediu a abertura de processo disciplinar contra ele.
 

O pedido, no entanto, foi arquivado pelo corregedor da AGU, Ademar Passos Veiga, 17 dias após ter sido proposto pela sindicância, composta por três servidores de carreira. O trabalho durou quase dois meses.
Ministro Luís Inácio Adams durante entrevista na AGU
 

Nomeado por Adams, o corregedor argumentou que não havia indícios de irregularidades contra o ministro. A Operação Porto Seguro foi deflagrada pela Polícia Federal em novembro do ano passado e investigou a venda de pareceres técnicos de integrantes do governo para beneficiar empresários. A PF chegou a fazer busca e apreensão na AGU. O braço direito de Adams, José Weber, foi denunciado pelo Ministério Público.
 

Outros servidores da AGU também tiveram os nomes envolvidos. A partir daí, foi criada a comissão. Os integrantes consideraram, segundo a Folha apurou, que o ministro foi além de sua competência ao assinar despacho sobre desmatamento em terras da União.
 

A decisão beneficiou o esquema, diz a PF. Adams assinou sete documentos que interessavam ao grupo, apontou a sindicância. Ainda de acordo com a investigação da PF, os operadores da fraude eram o braço direito de Adams e a chefe do escritório da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, exonerados após o escândalo vir à tona.
 

A AGU omitiu a informação sobre a recomendação da sindicância envolvendo o ministro em nota divulgada no dia 8 de fevereiro.
 

OUTROS INVESTIGADOS


A sindicância recomendou, ainda, a abertura de processos administrativos contra três servidores do órgão, incluindo o ex-braço direito do ministro, o que foi acatado pelo corregedor.
 

O ministro disse, em outras ocasiões, que não tinha conhecimento do esquema. E que não foi investigado pela Polícia Federal ou pelo Ministério Público. A Folha apurou que esse foi um dos argumentos usados pelo corregedor para arquivar o pedido.
 

Os outros servidores que serão investigados são a chefe de gabinete de Adams, Hebe Teixeira Romano, e o consultor-geral da União, Arnaldo Sampaio Godoy.
 

Apesar de serem alvos da AGU, como a Folha revelou, os dois também não foram investigados pela PF.
 

Fontes: UOL / FOLHA DE SP



 

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