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Notícia postada dia 07/02/2013

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Comissão Nacional da Verdade revela que Rubens Paiva foi morto nas dependências do DOI-Codi, no RJ

Comissão Nacional da Verdade revela que Rubens Paiva foi morto nas dependências do DOI-Codi, no RJ

Segundo Claudio Fonteles, coordenador da CNV, ‘três agentes do Exército mataram o ex-deputado’


Por Caê Batista


O ex-deputado Rubens Paiva foi morto das dependências do DOI-CODI, no Rio de Janeiro, revelou a Comissão Nacional da Verdade. A divulgação foi feita na segunda-feira (04/02), quando a CNV apresentou documento inédito do Arquivo Nacional acerca das circunstâncias da morte de Paiva.


De acordo com Cláudio Fonteles, coordenador da Comissão, “não há dúvidas” de que o ex-deputado foi morto e torturado nas dependências do Exército, no estado carioca.


De acordo com o site da Comissão Nacional da Verdade, foram analisados documentos do Arquivo Nacional e aqueles entregues à polícia do Rio Grande do Sul pela família do coronel Júlio Miguel Molinas Dias, assassinado em Porto Alegre (RS), em novembro.


O site da CNV ainda noticia que “os documentos que estavam com Molinas, em Porto Alegre, confirmam que após ser preso por uma equipe do Cisa, da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1971, em sua casa, no Rio de Janeiro, Paiva foi entregue ao Doi-Codi no dia seguinte. Na folha descrevem-se todos os documentos pessoais que estavam com o deputado cassado pela ditadura e demais pertences”.


No Arquivo Nacional, Fonteles, que é ex-procurador da República, se deparou com o informe 70, do Serviço Nacional de Informação (SNI), até então inédito. De 25 de janeiro de 1971, o informe contém a narrativa dos agentes da repressão sobre como aconteceu a prisão de Paiva e como ela teria se originado.


“Segundo o serviço secreto da repressão, o Cisa recebeu ordem de revistar um avião da Varig, vindo do Chile, que pousaria a 0h do dia 20 de janeiro. No avião estavam Cecília de Barros Correia Viveiros de Castro e Marilene de Lima Corona. Ambas traziam cartas de inúmeros asilados políticos para o ex-deputado. Após a prisão delas, os militares chegaram até Rubens Paiva”, afirma o site da CNV.


Esses documentos, aponta o site, “desmontam a versão apresentada pelo comandante do I Exército, Sylvio Frota, em fevereiro de 1971: a de que Rubens Paiva fugiu quando o carro da Força que o conduzia foi interceptado por terroristas no momento em que ele era levado para prestar esclarecimentos”.

 

“O Estado Ditatorial militar, por seus agentes públicos, manipula, impunemente, as situações, então engendradas, para encobrir, no caso, o assassinato de Rubens Beyrodt Paiva consumado no Pelotão de Investigações Criminais – PIC – do DOI/CODI do I Exército”, conclui Fonteles, no texto divulgado no site da comissão.

 

‘Três agentes mataram Rubens Paiva’

A equipe do Exército que assassinou o ex-deputado Rubens Paiva era composta por três agentes. A revelação foi feita por Fonteles na terça-feira (06), em Brasília, em homenagem à elucidação das circunstâncias da morte de Paiva.

 

Segundo Fonteles, um dos três estaria morto e os outros dois devem ser convocados em breve para depor à comissão. “Temos pistas concretas e estamos muito perto de chegar aos membros da equipe assassina, todos do Exército”. A identificação, disse, “está praticamente concluída”.

 

Fonte: Sintrajud



 

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