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Notícia postada dia 10/12/2012

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Governo repassa R$ 138 milhões do Imposto Sindical as centrais sindicais governistas

Governo repassa R$ 138 milhões do Imposto Sindical as centrais sindicais governistas

Entre janeiro e outubro de 2012, quatro centrais sindicais governistas repartiram R$ 138 milhões do imposto sindical. Repassados pelo governo federal, através do Ministério do Trabalho, o imposto é uma cobrança obrigatória que corresponde a um dia de trabalho dos quase 45 milhões de trabalhadores com registro em carteira.
 
Segundo informação da Agência Estado, o valor arrecadado é recorde, devendo ultrapassar R$ 160 milhões até o final de dezembro.
 
As duas maiores centrais sindicais governistas, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical dividem a maior parte do dinheiro.
 
Apesar do discurso antagônico ao recolhimento do imposto sindical, a CUT já embolsou este ano do salário dos trabalhadores R$ 44,5 milhões, equivalente a 60% do orçamento total da central. Já a Força Sindical ficou com R$ 40 milhões, ou seja, 80% de sua arrecadação.
 
As centrais de menor representatividade, como Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) recebeu do governo R$ 8,8 milhões. A Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) obteve R$ 18,1 milhões do imposto sindical. No caso da CTB este repasse representa 90% do orçamento anual da central. 
 
R$ 530 milhões já foram recolhidos desde 2008
Após decisão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008, de repassar o imposto sindical as centrais sindicais, o valor arrecadado naquela época foi de R$ 65,7milhões. Em 2011, o repasse passou para R$ 124,5 milhões. Somando todos os repasses do governo federal as centrais governistas, desde 2008, o valor chega a R$ 530 milhões. 
 
Sintrajud e CSP-Conlutas contra o Imposto Sindical
Nossa entidade sindical, assim como a CSP-Conlutas, é contra a cobrança do Imposto Sindical. Todos os anos, o Sintrajud devolve o percentual de 60% que lhe é repassado do IS descontado do contracheque dos servidores do TRF-3 e Justiça Federal, que sofrem com esta cobrança obrigatória.
 
O Sintrajud reafirma anos após o ano sua posição contrária a esta cobrança compulsória. Para a direção do sindicato, o Imposto Sindical retira a independência das entidades de classe, atrelando-as ao governo, que em troca exige apoio para impor projetos que atacam os direitos dos trabalhadores. Para enfrentar o governo e defender os direitos dos trabalhadores, é preciso independência não só política, mas também financeira. Por isso, uma entidade combativa se constrói com financiamento garantido pelos trabalhadores, desatrelado de governo e administração.
 
Por Juliana Silva - Redação Sintrajud



 

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