SINDJUFE-BA

Na assmebleia setorial de ontem na JF os servidores decidiram continuar o movimento apesar da liminar concedida pelo STJ à AGU. O governo pediu a declaração da abusividade da greve, mas o STJ preferiu atender em parte concedendo um percentual de 60% de servidores trabalhando. Essa ação, nos moldes do TRT (a do TRE foi pior pois pedia um percentual de 80%) foi considerada pelos servidores em todo o País como um ataque ao direito de greve, um direito legítimo e previsto inclusive na Convenção 151 da OIT que o Brasil acaba de ratificar. A FENAJUFE e o SINDJUS-DF, os réus das ações citadas, seguirão a vontade da categoria que decidiu manter o movimento e caso o agravo impetrado por eles não seja deferido, a multa será paga, ou seja, os sindicatos no Brasil agora tem que pagar para fazer greve. Posicionamento semelhante na época da greve dos petroleiros causou uma moção internacional de repúdio ao governo brasileiro. Agora outro governo, oriundo da classe trabalhadora, adota a mesma postura que antes combatia.

Os servidores da JF reunidos ontem decidiram manter o movimento e apesar do cansaço, estamos convictos de que voltar ao trabalho agora significa esquecer o PCS agora e para os próximos 4 anos e arriscar a um congelamento por 10 anos, e ainda, baixar a cabeça a esse atentado a mais um direito, basilar, que é o direito de reivindicar.
Estamos em contato permanente com a Direção do Foro para dirimir quaisquer dúvidas e sanear quaisquer problemas que por acaso ponham em risco o nosso movimento. Estamos atuando também nos locais, pouquíssimos, onde há ameaças de retaliações.

Às 14 horas, desçam para saborear alguns petiscos da ceia junina que será servida no saguão do prédio sede. Pedimos desculpas aos companheiros do interior por não podermos estar presentes em cada localidade. Fiquem com o nosso reconhecimento e parabéns.

Artigo sobre o direito de greve, longo, mas de leitura essencial para todos os trabalhadores e operadores do direito. Leiam e reflitam.

BOM FERIADO A TODAS E TODOS.

Texto: Denise Carneiro, coordenadora do SINDJUFE.