SINDJUFE-BA

Enquanto população e organizações brigam pela destinação de percentuais do Orçamento para investimentos em saúde e educação, o presidente da CMO, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), mostrou-se contrário à recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) de bloquear recursos para 22 obras com indícios de irregularidades graves, no próximo ano.
 
O relatório do TCU encontrou irregularidades em um total de 124 obras. Entre as 22 com recomendação de paralisação estão a construção da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco, (sobrepreço na ordem de R$ 1,5 bilhão), e a Ferrovia Norte-Sul, em Tocantins, (sobrepreço de R$ 82 milhões).
 
As verbas que provavelmente foram desviadas, se somadas às verbas que se perdem na corrupção que assola este sistema, dariam para minimizar diversos problemas sociais como a falta de leitos/médicos/medicamentos/equipamentos em hospitais públicos, de materiais e professores nas escolas públicas, de obras que melhorem o tráfego, acessos à água/energia elétrica/saneamento básico/moradia, e investimentos em diversos segmentos, beneficiando a população mais carente do país.
 
As decisões e defesas que se tem visto partindo de parlamentares que deveriam estar no Poder representando a sociedade, demonstram, cada vez mais, servirem à outros senhores, distanciando a população menos favorecida da lista de prioridades. Este não é o primeiro fato que demonstra isso. Prova disso foram as eleições deste ano que, conforme matéria do Jornal Folha de São Paulo, tiveram o maior número de votos nulos e abstenções desde 1996.
 
Agora, o Congresso Nacional é quem decidirá se fará o bloqueio preventivo de recursos no Orçamento 2013. A dúvida é saber se, os partidos políticos que tanto defenderam igualdade de direitos, democracia e transparência vão cumprir o prometido ou seguir com a demagogia tão conhecida pelo povo brasileiro.
 
(Rosana Guimarães, com informações da Agência Câmara)