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Notícia postada dia 10/10/2012

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Após mensalão, reforma da Previdência será contestada no Supremo Tribunal Federal

Após mensalão, reforma da Previdência será contestada no Supremo Tribunal Federal

Após as declarações do ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470, referentes à compra de votos no Congresso Nacional em 2003, os partidos de oposição de esquerda e movimentos sociais, já anunciam que irão contestar a anulação da reforma da Previdência de 2003, no STF.
 
O julgamento do “mensalão” traz à tona a aprovação de leis e reformas, a partir de um esquema de formação de quadrilha; corrupção ativa; passiva; lavagem de dinheiro; enriquecimento ilícito (roubo) e compra de votos, indica o julgamento do relator.
 
Já os movimentos sociais e partidos da oposição de esquerda esperam apenas a publicação da decisão final do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o suposto “mensalão” para entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade pedindo a anulação da reforma da Previdência, votada na Câmara em 2003. 
 
Posição do ministro sobre a anulação
 Questionado sobre a insegurança jurídica que a anulação das votações poderia causar, o ministro do STF Marco Aurélio não quis antecipar sua opinião sobre o assunto, mas afirmou “que em direito, o meio justifica o fim, e não o fim o meio. Nós não podemos potencializar a segurança jurídica a ponto de colocar em segundo plano um vício, um vício quanto à manifestação dos parlamentares”.
 
Ocorre que, se o Supremo reconhecer a compra de votos dos parlamentares para a aprovação dos projetos votados em 2003, entre os quais as reformas previdenciária e tributária, caberá ao próprio STF invalidá-las.
 
Certamente, os ministros do STF serão também cobrados a enfrentar essa questão, pois os movimentos sindicais já anunciam que irão exigir a anulação da reforma, bem como a restituição retroativa da taxação de 11% sobre os proventos dos aposentados e pensionistas, perversamente instituída a partir de então. 
 
Há sete anos o Sintrajud e CSP-Conlutas lutam pela anulação da reforma

No ano de 2005, dois anos após a Reforma da Previdência, a CSP-Conlutas e o Sintrajud encaminharam ao então Procurador-Geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva e Souza, o pedido para que o Ministério Público questionasse no STF a decisão. Começava, portanto, uma luta das entidades sindicais combativas para exigir a anulação da reforma da Previdência com base nos argumentos hoje confirmados por Barbosa: compra de apoio político e, consequentemente, de votos.  
 
Naquela época, o procurador disse que iria arquivar o pedido da Central e do Sintrajud, por que o STF já havia se posicionado pela legalidade da reforma e que não havia provas em sentido contrário. “Até este momento, não temos provas de que o processo de aprovação parlamentar da Emenda tenha sido viciado com pagamento de “mensalão” a deputados, dado que as investigações sobre o assunto ainda estão em curso”, disse à época o Procurador. 
 
Crise política

A reforma da Previdência do governo Lula desencadeou a ruptura de vários setores do movimento sindical com o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). No campo político, a partir de então, nasce a CSP-Conlutas, como expressão da insatisfação gerada pelo posicionamento da CUT nessa disputa e como um meio de defender as reivindicações dos trabalhadores em lutar contra a retirada de direitos, sem qualquer atrelamento ao governo.
 
A recente aprovação do Funpresp, que impõe o teto do INSS e na prática privatiza as aposentadorias, foi tratada como prioridade do governo federal no período recente, de modo a dar continuidade ao processo iniciado com a aprovação da reforma em 2003, com a Emenda Constitucional 41.
 

Fonte: Sintrajud



 

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