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Notícia postada dia 03/10/2012

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STF refuta "caixa 2", vê compra de votos e, sem querer, põe em xeque reformas de Lula

STF refuta "caixa 2", vê compra de votos e, sem querer, põe em xeque reformas de Lula

Auditoria Cidadã diz que decisão abre portas para pedir anulação da emenda que reduziu direitos previdenciários e valor de aposentadorias
 

Sete dos dez ministros do Supremo Tribunal Federal refutaram a tese de ‘caixa dois’ no julgamento da Ação Penal 470, o ‘mensalão’. Eles rejeitaram o argumento do PT para justificar os repasses de dinheiro a parlamentares de outros partidos – a transferência ilegal de recursos para campanhas eleitorais – e confirmaram a ocorrência de compra de votos no Congresso Nacional de 2003 a 2004. Involuntariamente, puseram em xeque a legalidade das reformas aprovadas nos primeiros anos de governo Lula, entre elas a da Previdência.


A compra de votos foi constatada pelos ministros Joaquim Barbosa, relator do caso, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Ayres Britto, que na sessão de segunda-feira (1º) concluíram a condenação de parlamentares do PP, PMDB, PR, PTB e PMDB. Apenas Ricardo Lewandowski, revisor do processo, aceitou a tese de caixa dois. As ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia condenaram os réus, mas o conteúdo de seus votos não revela exatamente porque eles teriam recebido dinheiro.


A reforma da Previdência foi aprovada, sob protestos populares, em 2003, no primeiro ano do governo Lula. O projeto, que tramitou como Emenda Constitucional 40, fixou idade mínima para o servidor se aposentar, taxou aposentadorias e pensões, pôs fim à paridade entre ativos e inativos, acabou com o benefício integral e permitiu o início da privatização de boa parte do sistema previdenciário do funcionalismo, por meio da recente criação dos fundos de pensão (Funpresp) – o que regulamenta o texto aprovado em 2003.  


Diante da votação no STF, a organização Auditoria Cidadã da Dívida publicou nota em sua página na internet na qual contesta a reforma da Previdência. “Nove anos depois da aprovação de uma reforma nefasta, que incrivelmente taxou os aposentados e pensionistas, ceifou a integralidade e a paridade, reduziu as pensões, postergou as aposentadorias e abriu caminho para a privatização da previdência por meio dos fundos de pensão, a mais alta corte do país confirma grave ilegalidade em sua aprovação”, diz o texto divulgado, que vê na comprovação da compra de votos a abertura de “forte caminho para ações judiciais que visem a anulação desta reforma”.

 

Fonte: Luta Fenajufe Notícias



 

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