Acesso Funcionarios

Notícia postada dia 30/08/2012

Notícia postada dia 30/08/2012

Ato no STJ vai repudiar ações contra direito de greve dos servidores

Ato no STJ vai repudiar ações contra direito de greve dos servidores

Concentração será às 15h, na porta do tribunal. Servidores do DF e de vários estados participarão da manitestação
 
Nesta quinta-feira, 30 de agosto, servidores do Judiciário Federal e do MPU de vários estados virão a Brasília participar do ato “Bota fora Ari Pargendler”. A manifestação, que será a partir das 15h, em frente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi aprovada na última reunião ampliada da categoria, no dia 16 de agosto, e vai marcar a saída do ministro Ari Pargendler da presidência do STJ.
 
A decisão de fazer esse grande ato da greve no STJ é para denunciar as sucessivas decisões deste tribunal determinando severas punições aos servidores que fazem greve para lutar por seus direitos e, mais recentemente, para reivindicar a justa revisão salarial. Decisões que têm atingindo não somente a luta do Judiciário Federal e do MPU, como também de outras categorias do funcionalismo.
 
Como exemplo das atitudes arbitrárias do STJ contra o direito de greve, é importante destacar decisão recente com base na greve de 48 horas dos dias 4 e 5 de julho na Justiça Eleitoral, em que o tribunal determinou que 80% dos serviços da JE deveriam ser mantidos, possibilitando que apenas 20% da categoria possa fazer greve. Em outras decisões, foi determinado o retorno imediato dos servidores ao trabalho.
 
O assessor jurídico da Fenajufe, Pedro Maurício Pita, critica o conteúdo das decisões, que em alguns casos estabelecem percentuais muito elevados para a manutenção dos serviços, a determinação do retorno imediato dos grevistas ao trabalho, nenhuma tentativa de conciliação entre as partes (tribunais e sindicatos), liminares concedidas sempre sem que a parte adversa seja ouvida e imposição de multas milionárias aos sindicatos.
 
Nesta greve histórica do funcionalismo federal, em que várias categorias estão com os trabalhos paralisados por revisão salarial e reestruturação da carreira, o STJ também proferiu decisão permitindo o corte de pontos dos servidores do Distrito Federal, da base do Sindsep-DF e da Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal). Tal medida, no entanto, não arrefeceu os ânimos da categoria e nem a impediu que permanecesse na greve para pressionar o governo a apresentar uma proposta que dialogasse com suas reivindicações.
 
“O STJ parece não ter ainda compreendido que o papel do Judiciário nessa questão não é o de repressão, mas o de buscar a composição do conflito. Isso se reflete já nas liminares, que são concedidas sempre sem ao menos se ouvir a parte contrária, apenas com base nas alegações da União, muitas vezes desacompanhadas de qualquer prova. Sem medo de errar, pode-se dizer que em matéria de greve o STJ tem ouvido tudo o que o governo diz, e praticamente nada do que os servidores têm a dizer”, avalia o assessor jurídico da Fenajufe. Ele explica que, muitas vezes, o tribunal determina multas acima do que o determinado pelo governo. “Como foi o caso da greve da JE, em que foi pedida multa de R$ 100.000 diários e o presidente Pargendler determinou um valor de R$ 200.000,00”, ressalta Pita Machado.
 
“O ato desta quinta-feira tem esse caráter de denunciar as medidas adotadas pelo STJ recentemente, que atacam frontalmente o direito de greve dos servidores. O Judiciário, especialmente esse tribunal, tem sido conivente com a política do governo, ao adotar medidas que praticamente inviabilizam a participação dos servidores em greve, que é um legítimo instrumento de pressão da categoria. Servidores do Judiciário e do MPU, na luta pelos PCSs, vão mostrar nesse ato que não aceitarão esse tipo de ataque”, ressalta o coordenador da Fenajufe Zé Carlos Oliveira.
 
Da Fenajufe – Leonor Costa



 

Acessem nossas...

Redes Sociais !

TRANSMISSÃO ONLINE

TRANSMISSÃO ONLINE