Acesso Funcionarios

Notícia postada dia 21/08/2012

Notícia postada dia 21/08/2012

TRE está firme na greve, mas precisa dos demais Órgãos do Poder Judiciário

TRE está firme na greve, mas precisa dos demais Órgãos do Poder Judiciário

Desde o início da greve, deflagrada no último dia 15, os servidores do Judiciário Federal na Bahia, sobretudo do TRE,  têm realizado intensas mobilizações na Justiça Eleitoral, considerado esse Tribunal ponto estratégico das atividades, já que estamos em período de organização das eleições municipais.


Um dos resultados dessas atividades foi à suspensão do treinamento dos mesários. O TRE é a principal arma, mas os servidores dos demais Tribunais devem aderir ao movimento, já que se trata de uma campanha unificada, em nível local e nacional. Os servidores da Justiça Federal também tem marcado presença nessas atividades e a paralisação nesse órgão também está forte. Os servidores do TRT estão enfrentando problemas mas a participação crescente nas atividades está mostrando que os servidores deste órgão estão acordando para a situação extrema que estamos passando.


O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, que deveria defender o reajuste da categoria, não se manifesta. A postura do governo é de total ignorância ao pleito da categoria. Apático às perdas salariais que a categoria têm sofrido ao longo desses sete anos, Dilma já declarou, inclusive, que o reajuste não é prioridade.


Com as últimas medidas aprovadas, a exemplo do pacote Programa de Investimentos em Logística, que prevê o investimento no valor de R$ 133 bilhões para construção de rodovias e ferrovias em 25 anos, fica claro o interesse do governo é favorecer os grandes grupos econômicos. Foi implementada a privatização dos campos estratégicos da economia nos moldes de concessão, assim evita críticas de uma população que se revoltou com esse modelo de política, fortemente utilizado no governo FHC.


No Brasil, o processo de desestatização tem como característica tornar o Estado sócio minoritário, pois grande parte das empresas é de capital aberto e negociada em bolsas de valores e o Estado brasileiro, por meio do BNDES, continuou como sócio minoritário.


O contrato de décadas firmado entre governo e empresas, retira da concessão seu caráter  temporário e na prática, nada mais é que a privatização do bem público.


Diversas são as generosidades do governo ao setor privado: aumento da economia para o pagamento da dívida pública, transferindo mais recursos públicos para os grandes bancos, que são os detentores dos títulos da dívida pública; aprovação do Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), deixando a mercê do mercado financeiro a aposentadoria dos servidores e privatização dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, Viracopos, em Campinas, e o Aeroporto de Brasília, transportam 30% dos passageiros e 57% da carga aérea do Brasil.


Os servidores do MPU, que estão em greve e participando nas nossas atividades, informaram que na última convocação, poucos servidores compareceram para assumir o cargo, pois, muitos já tinham passado em outros concursos. Os recém - empossados do TRE, entristeceram quando viram seu piso salarial, mas ainda assim se filiaram ao sindicato, entidade que tem legitimidade para defender a categoria e encampar lutas para melhorar a qualidade de vida do trabalhador. O valor da contribuição sindical não é alto; são as perdas salariais que aumentaram: 40% em quase sete anos.


Se não houver uma reação diante dessas investidas de retirada de direitos, no futuro próximo estaremos vivendo a mesma realidade daquelas categorias, antes consideradas de carreira e hoje sofrem com a perda do poder aquisitivo.

(CD)



 

Acessem nossas...

Redes Sociais !

TRANSMISSÃO ONLINE

TRANSMISSÃO ONLINE