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Notícia postada dia 17/08/2012

Notícia postada dia 17/08/2012

Unânime, reunião nacional aponta 'mais greve' para enfrentar Dilma

Unânime, reunião nacional aponta 'mais greve' para enfrentar Dilma

Servidores do Judiciário e do MPU aprovam a instalação do Comando Nacional de Greve e criticam ‘pacote’ de privatizações do governo
 
Representantes dos trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU que participaram da reunião ampliada da federação nacional (Fenajufe), na quinta-feira (16), em Brasília, decidiram por unanimidade pela continuidade e ampliação da greve para enfrentar o governo de Dilma Rousseff e derrotar a política de reajuste zero.
 
Os servidores aprovaram a instalação imediata do Comando Nacional de Greve. Também definiram por uma nova manifestação nacional em 30 de agosto, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Na data, acontecerá a mudança na administração do tribunal, que hoje é um dos que mais reprimem o movimento grevista. No dia seguinte, haverá nova reunião ampliada da categoria.
 
“Fora Dilma”
A presidenta Dilma Rousseff foi escolhida alvo central da greve e considerada principal obstáculo para o fim da política de reajuste zero. Na véspera, em reunião com servidores de Brasília, o diretor-geral do Supremo Tribunal Federal, Amarildo Vieira de Oliveira, disse que todas as previsões orçamentárias do Judiciário Federal foram enviadas ao Ministério do Planejamento contendo recursos para os projetos salariais, mas que não há acordo da presidenta Dilma de preservá-los.
 
O servidor do Judiciário paulista José Luis, da delegação do Sintrajud, mencionou uma frase que, segundo ele, é usada nos atos em São Paulo: “Greve forte, Dilmadura, tanto bate até que fura”, disse. A insatisfação com o governo pode ser medida quando a reunião aprovou - por ampla maioria, sem necessidade de contar os votos - a adoção pela federação da palavra de ordem “Fora Dilma e toda cúpula do governo”.
 
Críticas ao ‘pacote’
Assim como outros servidores que participaram da ampliada, ocorrida no Hotel Nacional, Cleber Aguiar, diretor do sindicato de São Paulo (Sintrajud), criticou o pacote anunciado na quarta-feira (15) pela presidenta Dilma, que privatiza estradas e ferrovias e prevê o aporte de mais de R$ 100 bilhões de dinheiro público do BNDES para empresários que queiram participar dos leilões. “Essa é a natureza desse governo, ajudar a banqueiros e empresários”, disse.
 
Dias antes de anunciar o pacote que recebeu elogios de grandes empresários e do PSDB, Dilma vinha dando declarações de que os recursos da União deveriam ser usados para ajudar ao trabalhador que ganha menos e que não tem estabilidade no emprego e não para reajustar salários de servidores públicos. 
 
‘Momento de unidade’
Realizada no dia seguinte à marcha do funcionalismo que levou cerca de dez mil servidores às ruas de Brasília, a reunião ampliada foi pautada por discursos que enfatizaram mais a necessidade de manter a greve e ampliá-la do que por relatos das dificuldades em fazer isso, embora este aspecto também tenha sido mencionado. “A nossa luta é muita mais do que por salário, tem que lutar por dignidade, contra [esse] governo autoritário e intransigente”, disse Jair Lemos, da delegação do sindicato mineiro (Sitraemg). “O momento é de unidade, vou voltar para Minas e [defender] a greve”, afirmou, pouco depois de explicar que até um tempo atrás propunha o subsídio como forma de remuneração, que ainda vê problemas no PCS, mas que agora considera indispensável a união da categoria em torno da greve pela aprovação do PL 6613/2009.
 
Servidora do Tribunal de Justiça de Brasília, Elcimara Augusto de Sousa disse que a greve no Distrito Federal não é a ideal, mas está “melhor do que em anos anteriores” e que “é um movimento pela base”. Ela defendeu o caráter nacional do movimento e atividades unificadas. “Se ficarmos fazendo greve como fazíamos anos atrás, não chegaremos a lugar nenhum”, alertou, referindo-se à necessidade de ações conjuntas e de impacto do conjunto dos servidores do Judiciário e Ministério Público da União. 
 
Mais adesões na segunda 
Ao relatar a posição dos trabalhadores de Minas Gerais, Hélio Ferreira Diogo disse que os mineiros vão à greve. “Dificuldades todos têm, mas não são as dificuldades que vão nos impedir de lutar”, disparou. “A partir do dia 20 estaremos com o Brasil nesse movimento de luta, não somos vermes para sermos pisoteados pelo governo”, disse. Madalena Nunes, do sindicato do Piauí (Sintrajufe), também informou a adesão do estado à paralisação a partir de segunda-feira (20): “Queremos uma greve forte para que a gente possa garantir nosso plano”, disse.
 
A servidora Raquel, da Justiça Eleitoral do Ceará, informou que na terça-feira (21) os servidores do tribunal fazem assembleia e podem definir pela paralisação. “Vamos tentar construir uma assembleia significativa”, disse, para que a categoria se junte aos servidores do Distrito Federal, São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia, que já estão parados. 
 
Por Hélcio Duarte Filho, Luta Fenajufe Notícias



 

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