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Notícia postada dia 15/08/2012

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Na véspera de anúncio de privatizações, FHC e Delfim elogiam Dilma por atacar servidores

Na véspera de anúncio de privatizações, FHC e Delfim elogiam Dilma por atacar servidores

A falta de diálogo e o modo duro como a presidenta Dilma Rousseff trata a greve dos servidores públicos federais receberam elogios de dois personagens emblemáticos da política nacional: o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso e o ex-ministro da Fazenda da ditadura militar Antonio Delfim Netto. Os afagos foram dados na véspera de o governo federal anunciar mais um pacote que beneficia grandes grupos empresarias e privatiza setores da área de transportes.

 

As declarações são simbólicas porque, em tese, os dois políticos são ligados a concepções que o PT, partido de Dilma, dizia combater antes de chegar ao Planalto. FHC foi o principal expoente das medidas neoliberais no país, com privatizações e esvaziamento de serviços públicos na década de 1990. Já Delfim Neto foi ministro da Fazenda dos presidentes ditadores Costa e Silva e Médici e ministro do Planejamento de João Figueiredo, no período do governo militar iniciado com o golpe de 1964. Ficou famosa a frase dita pelo ministro à época do chamado milagre econômico brasileiro, na década de 1970, de que era preciso primeiro fazer o bolo crescer para depois distribuir as riquezas do país.
 

Há outro elo entre a presidenta e Delfim, hoje um aliado do governo petista: militante da esquerda, Dilma foi presa e torturada pelo regime militar a quem o economista serviu. O elogio à forma dura como ela vem lidando com o funcionalismo, que já lhe vale a referência nas manifestações de rua como ‘Dilmadura’, foi dado em artigo assinado por ele em sua coluna na página 2 do jornal “Valor Econômico”, na terça-feira (14). “A presidente Dilma tem absoluta razão quando diz que não se pode ‘brincar com finanças públicas’. Se quisermos continuar a crescer com estabilidade não podemos transigir com os aumentos salariais ‘exigidos’ (sic) pelo funcionalismo sindical”, escreveu o ex-ministro da ditadura. No artigo, Delfim defende investimentos na produção e critica eventuais valorizações salariais.


Presente para empresários

Já FHC aproveitou uma palestra que fez no mesmo dia na capital paulista para tecer elogios ao empenho de Dilma contra os servidores e que já paralisa alguns setores, como as universidades federais, há quase três meses. “Não vejo como ela não pudesse enrijecer”, declarou o líder do PSDB, defendendo austeridade diante da ‘crise financeira’ mundial, de acordo com “O Estado de São Paulo”. Em seu governo, Fernando Henrique também se enfrentou com o funcionalismo e os aposentados, chegando a chamar estes últimos de ‘vagabundos’.

 

O pacote que o governo deve anunciar nesta quarta prevê a privatização de empreendimentos na área de transportes considerados mais rentáveis e que, inicialmente, seriam tocados pelo próprio Ministério dos Transportes. Novos trechos de estradas, portos e aeroportos devem ser incluídos na lista de privatizações, embora a íntegra do pacote deva ser divulgada em etapas. O governo também sinalizou, segundo os jornais, que vai mudar a licitação do trem-bala que ligará o Rio a São Paulo. O Planalto teria decidido os riscos caso a demanda seja abaixo do esperado. Isto é, o lucro será privado, enquanto o eventual prejuízo, público.
 
Texto extraído de: Luta Fenajufe Notícias



 

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