SINDJUFE-BA

Indicativo de greve para o próximo dia 15 - a ser ratificado em nova AG -; aprovação do nome de André Luís Rodrigues como coordenador sindical liberado; inserir pleitos da categoria na formulação dos motivos da greve, além do PCS, foram algumas das propostas aprovadas pela categoria em Assembleia Geral realizada nesta quarta-feira (08), no TRT5 (Nazaré).

Participando da mobilização nacional, os servidores paralisaram as atividades na Bahia, fizeram arrastão nas Varas e Setores do TRT5, no bairro do Comércio. Após este momento, a categoria se reuniu para uma Assembleia no prédio do TRT5, localizado no bairro de Nazaré. Contando com mais de uma centena de pessoas, diversas propostas foram feitas e avaliadas entre os servidores, que já demonstram ter consciência de que não se pode ficar calado mediante as investidas de ataques ao direito de greve. Em discursos, os servidores ressaltaram que este é o momento para lutar pelo PCS4, especialmente por ser ano eleitoral, e rememoraram que os outros PCS´s foram aprovados em ano eleitoral.

Houve ainda discurso que serviu de alerta aos que ainda não estão participando das mobilizações, como a possível aprovação do PLP 549/09 (PL que vai congelar os salários no serviço público por dez anos) e a dificuldade em aprovar os pleitos em anos subsequentes, já que haverá argumento de que os investimentos do Governo devem ser voltados para a Copa (2014) e as Olimpíadas (2016). 

Com o aumento da adesão ao movimento grevista no país – São Paulo e Mato Grosso se juntaram ao Distrito Federal a partir deste dia 8 – os servidores, que já declararam e aprovaram estado de greve, deliberaram um indicativo de início do movimento paredista no próximo dia 15. Antes, porém, será feita uma nova Assembleia para ratificar ou não esta decisão. A nova AG será realizada no dia 14, às 12h30 em primeira chamada e às 13h em segunda chamada, na Justiça Federal.

Ainda acerca das propostas, o coordenador Francisco Filho sugeriu, até como forma de evitar retaliações aos grevistas, adaptar a fundamentação dos pleitos da categoria, o que foi aprovado pelos presentes. Dessa forma, além do PCS4, a categoria tem como motivos/justificativas da greve: 

- Pagamentos dos passivos de progressão funcional dos servidores da JT na Bahia;

- Pagamentos dos passivos de progressão funcional dos servidores da JF na Bahia (anos 2003-2012);

- Melhores condições de trabalho na prevenção das doenças ocupacionais;

- Direito a revisão geral dos salários prevista no art. 37 da Constituição;

- Agosto é o mês da negociação do Orçamento de 2013;

- Inflação acumulada, desde 2006 quando foi aprovado o PCS3, de 37,91%;

- Salários congelados há mais de seis anos;

- Concessão de reajuste linear aos servidores públicos federais, com reposição anual da inflação.

Ao se aproximar o final da AG, a categoria aprovou ainda a indicação da Diretoria Geral de que o coordenador André Luís Rodrigues seja o coordenador liberado, e aprovou a ida à Administração do TRT5 para buscar respostas quanto à realização da audiência para debater os cortes de ponto e retaliações aos grevistas deste Órgão. 

Já no prédio da Administração do TRT5, cerca de 60 servidores se concentraram, sendo um grupo atendido pela vice-presidente do Órgão, desembargadora Yara Ribeiro Dias Trindade, a qual foi informada das decisões da categoria nesta AG, os motivos da greve, além de tomar conhecimento da situação em que muitos servidores do Órgão se encontram, devido aos ataques feitos contra o direito de greve, como os cortes de ponto, por exemplo.

Embora tenha afirmado que o TRT5 sabe das mobilizações dos servidores e compreende a situação de defasagem salarial, a desembargadora informou que não pode dar uma resposta de quais medidas serão tomadas para com os grevistas, já que a decisão não é tomada individualmente. Ressaltou ainda que o valor do salário não deve influenciar na qualidade do trabalho desempenhado pelos servidores. Porém, o sindicato entende que é importante frisar que, mesmo tendo feito greve, os servidores do TRT5 conseguiram alcançar as metas do CNJ, demonstrando responsabilidade para com as atividades que desempenham e consciência de seus papeis como trabalhadores.

Aguarda-se então uma resposta do Órgão quanto às solicitações.

Como está a movimentação no estado?

TRE – Grande adesão dos servidores às atividades e paralisações promovidas. Grande participação dos servidores na capital e interior;

JF – Aumentando a adesão às atividades, cerca de 50% já tem paralisado as atividades. No JEF o movimento também está tomando corpo;

TRT5 – Bom número de Varas paralisadas, diversos servidores participando das atividades. O quantitativo de trabalhadores nas atividades tem aumentado de forma substancial;

JMU – Mobilização também está acontecendo.