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Notícia postada dia 13/07/2012

Notícia postada dia 13/07/2012

Relator do PCS diz que STF não vê "muitos avanços" nas negociações

Relator do PCS diz que STF não vê "muitos avanços" nas negociações

Após mais uma vez a CFT não votar o PCS-4, deputado disse a servidores que falta  de avanços preocupa Ayres Britto; é preciso traçar novo plano de mobilizações, diz servidor


O relator do Plano de Cargos e Salários na Comissão de Finanças da Câmara (CFT), João Dado (PDT-SP), disse a servidores que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, assegurou que as negociações com o governo federal estão acontecendo, mas que ocorrem sem “muitos avanços”. A conversa do deputado com os trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União ocorreu na sala onde aconteceria a sessão da CFT de quarta-feira (11), mas que acabou cancelada.


A sessão que tinha o PCS-4 do Judiciário (PL 6613/2009) como ponto de pauta teria sido cancelada pelo presidente da CFT, Antonio Andrade (PMDB-MG), porque a Presidência da Câmara convocara uma sessão no Plenário (Ordem do Dia) para a manhã daquele dia. Quando isso ocorre, as sessões em geral são suspensas. Um assessor da CFT confirmou à reportagem a informação, mas foi além. "Agora entramos em recesso e ninguém sabe quando será a próxima reunião", disse.


Marcha a Brasília

Como fazem há mais de dois meses, os servidores ‘ocuparam’ o plenário com faixas e cartazes que defendiam o fim do congelamento salarial. “Não sabemos se haverá mais sessão da CFT, mas temos que estar atentos e voltar [a Brasília] na semana que vem”, defendeu a servidora aposentada Maria Helena, que participou, como representante do Sintrajud-SP, da conversa com o relator e da pressão dos trabalhadores sobre a Comissão Mista de Orçamento. Na CMO, não houve quórum e as sessões que poderiam votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2013 nem chegaram a ser instaladas.
Segundo Maria Helena, muitos servidores compareceram ao plenário da Comissão de Orçamento, na quarta-feira (11), para pressionar deputados e senadores a incluir no projeto a previsão real, não genérica, de recursos para os reajustes salariais do funcionalismo. O presidente da CMO, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), porém, se esquivou de conversar com os trabalhadores. Sem acordo entre os partidos, aparentemente por conta da liberação de verbas para emendas de parlamentares, as sessões que aconteceriam no dia seguinte também foram canceladas, o que estica um pouco mais os trabalhos legislativos antes do recesso do meio do ano.


A votação da LDO ficou para semana de 16 a 20 de julho, período em que caravanas de servidores em greve ou em mobilização saídas de todas as regiões do país devem chegar a Brasília – no dia 18 haverá uma nova marcha nacional da categoria, da qual o Judiciário e o MPU vão participar.


Na CFT, só servidores

No plenário da Comissão de Finanças da Câmara, fora os servidores, só quem apareceu foi o deputado João Dado. Não chegou a expor novidades – confirmou que não há acordo entre o governo e o Judiciário e voltou a frisar que é preciso incidir sobre a CMO –, porém foi no relato da conversa que teve com Ayres Britto que transmitiu a informação mais relevante para os trabalhadores.


Embora também aí não haja elementos concretos novos, a suposta preocupação do presidente do STF sugere uma mudança de humor na confiança que este demonstrava nos rumos das conversas com o governo Dilma: “O ministro Ayres Britto reconheceu que está preocupado com as dificuldades do processo de diálogo com o Executivo. Segundo ele, as negociações estão ocorrendo, mas sem apontar muitos avanços, por resistência do governo federal”, foi o que disse o deputado João Dado aos servidores, segundo reportagem da jornalista Leonor Costa, da Agência Fenajufe de Notícias.


Na semana anterior, ao suspender a sessão da CFT por conta da falta de quórum decorrente da obstrução promovida pelo PT, PMDB, PCdoB e outros partidos da base governista, o presidente da comissão, Antonio Andrade (PMDB-MG), também deu pistas dessa mudança. Ao relatar um telefonema de Britto, disse que o presidente do Supremo considerava que as negociações estavam caminhando num ritmo mais lento do que gostaria.


Luta é nacional

Para o ex-dirigente da federação nacional (Fenajufe) Adilson Rodrigues, o que a categoria observa é que as ações do presidente do Supremo Tribunal Federal não estão tendo resultados. “A estratégia do governo está dando certo com a enrolação no Congresso, inclusive com a cumplicidade da base [parlamentar] do governo”, afirma Adilson, que é diretor do Sintrajud-SP. Ele alerta para a necessidade de a federação convocar de imediato uma reunião ampliada nacional para traçar já um novo plano de ações, que envolva os servidores em todos os estados e tribunais, para incidir nesse cenário que, até aqui, aponta para mais um ano de salários congelados.
 

Fonte: Luta Fenajufe.



 

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