SINDJUFE-BA

No último dia 28 o SINDJUFE-BA se reuniu com a mesa diretora do TRT5 para apresentar os integrantes da nova gestão do Sindicato e pontuar alguns temas de interesse do servidor. Na pauta da reunião estavam o Direito de Greve, compensação hora a hora, espaço físico utilizado pelo Sindicato no Fórum do Comércio, representação da Categoria perante as Comissões e Comitês do TRT dentre outros assuntos.

A Desembargadora Presidente Vânia Chaves abriu a reunião dando boas vindas à nova Diretoria do Sindjufe-BA e apresentando um arrazoado acerca do direito de greve, o qual tem sido, segundo ela, exercido de forma equivocada ao ser utilizado como instrumento para a abertura de canal negocial. Os coordenadores presentes André Luís Rodrigues, Leonardo Prazeres, Alberto Rajy, Marcus Sampaio, Francisco Filho, Marcos Pinto e Fabrício Cruz,  afirmaram à Desembargadora Presidente Vânia Chaves que os trabalhadores do Judiciário Federal amargam há quase sete anos o congelamento dos seus salários, perdendo quase 40% do seu poder de consumo, o que é evidenciado pelo nível de endividamento dos servidores públicos federais perante bancos e financeiras. A Nova Diretoria do Sindjufe-BA deixou claro o posicionamento favorável ao diálogo, mas sem abrir mão da luta pelos direitos dos trabalhadores, lançando mão, inclusive, do exercício do direito de greve, o qual vem sendo sistematicamente atacado.

O Sindjufe-BA nesta oportunidade requereu audiência específica com a Mesa Diretora para tratar da compensação hora a hora, a qual, na visão da Gestão Renova-Ação, tem se afigurado desnecessária e de caráter punitivo, uma vez que em pesquisa por amostragem, inicialmente, o Sindicato concluiu que os Setores e Varas já se encontram com o passivo da greve administrado, sendo o represamento de alguns serviços mera consequência do baixo contingente de servidores, licenças médicas, férias, etc. Alguns servidores com restrições médicas e jornada reduzida temem inclusive as consequências ao fato de que não conseguirão repor todas as horas em razão mesmo da redução da sua jornada devido a laudo médico. Com isso se verificou que o nível de sofrimento psíquico e de insatisfação do servidor em compensação de horas só aumentou em razão do congelamento salarial e da maneira como tem interpretado as repressões ao exercício do seu direito de greve.

O Coordenador Geral André Luís Rodrigues asseverou que “o direito de greve é um ato civilizado e pacífico, entretanto contundente nos seus efeitos. Sua repressão seria um retrocesso na nossa organização social, pois ensejaria o surgimento de atos considerados radicais e talvez criminosos como forma de protesto”. Fabrício Cruz, Coordenador de Imprensa, destacou ainda que “os servidores sempre foram extremamente responsáveis perante a instituição TRT5 após as greves e mobilizações, atualizando os serviços além da expectativa da Administração e que os Tribunal goza de excelente conceito perante os usuários, o que nem sempre é descrito nas estatísticas oficiais”. Dessa forma a nova Diretoria do Sindjufe-BA reafirmou a disposição à luta sem se mostrar inconsequente.

A Desembargadora Presidente Vânia Chaves, ao encerrar a reunião, afirmou que na sua gestão haverá uma abertura ao diálogo e asseverou a existência de espaço constante ao SINDJUFE-BA para resolver as questões relativas ao Servidor.

Foto: ASCOM TRT5