O governo está preocupado com uma série de projetos em tramitação na Câmara dos Deputados. As propostas vão desde aumentos salariais a mudanças em cálculos do orçamento.
Os parlamentares tentam reajustar em até 54% os salários de servidores do judiciário; acabar com o teto salarial de R$ 26,7 mil para servidores públicos; e também com o fator previdenciário, que calcula as aposentadorias com base no tempo de contribuição.
A disposição dos deputados de aumentar gastos deixou o Palácio do Planalto em alerta. A presidente Dilma Rousseff mandou recado para a base aliada: quem é governo não pode jogar para a plateia. A interlocutores, a presidente disse que os políticos estão preocupados em agradar o eleitorado.
Autor de propostas de aumento salarial, o deputado João Dado já conseguiu aprovar uma emenda que dá autonomia aos poderes executivo, legislativo e judiciário para aumentar os próprios salários, sem analise previa da presidente.
“Eu penso que o caminho correto que atende ao interesse público é aquele em que se há uma crise tem que se cortar em todos os segmentos e não exclusivamente na folha salarial, nos salários dos servidores públicos desse país”, afirmou o deputado João Dado (PDT/SP).
Mas para o governo, o momento de crise exige um freio nos gastos. “Todo e qualquer negociação para futuros reajustes só poderão ser feitos tendo esta responsabilidade de estarem adequados a um momento como este que nós vivenciamos de enfrentamento de uma grave crise internacional”, disse Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais.
Fonte: G1