Indicativo de greve para o dia 21 de junho e Estado de greve imediato. Estas foram as principais deliberações da Assembleia Geral realizada pelos servidores do Judiciário Federal na Bahia, na manhã desta terça-feira (12), na sede da Justiça Trabalhista.
A próxima Assembleia Geral será realizada na quinta-feira (21), para decidir se a categoria deflagrará greve por tempo indeterminado. Antes, servidores de cada tribunal vão se reunir em suas setoriais para fazer avaliações e encaminhamentos a serem deliberados pela Assembleia Geral (veja o calendário abaixo).
O principal assunto discutido pelos servidores foi a necessidade de reconstruir a união da categoria e assim fortalecer a mobilização nacional em defesa do reajuste salarial. Nas falas, os servidores ressaltaram que a política do governo Dilma é a mesma para toda esfera pública: de reajuste zero para todo o conjunto de servidores. Esta realidade está provocando insatisfações em várias categorias fomentando a construção de uma greve geral.
Diante da dificuldade em fazer com que o Executivo e o Judiciário resolvam o impasse a respeito do PCS, é imprescindível que a categoria esteja mobilizada no sentido de forçar o necessário acordo para a solução definitiva do pleito do Judiciário. A construção de uma greve forte e com ampla participação é o único instrumento da categoria para aprovação do PCS4.
Após informes e avaliações da conjuntura nacional referente às negociações, foram aprovadas as seguintes propostas de mobilização:
TRE/JMU – dia 18, às 13h,no TRE;
Justiça Federal (JEF) – dia 19, às 13h;
TRT (Comércio) – dia 20, às 10h.
Depois da assembleia os servidores reuniram-se em frente ao prédio do Fórum Trabalhista e, através de um ato público com carro de som, bandeiras e faixas, informaram à população que a categoria pode paralisar suas atividades ainda este mês e ainda, que o movimento paredista ameaça a Eleição 2012. Os discursos protestaram contra a política de sucateamento do serviço público e reajuste zero para os servidores de todas as esferas, imposta pelo governo; declararam apoio aos professores da rede estadual e lembraram que o serviço público (saúde, educação, transporte de qualidade) é o único bem que a população tem e todos devem lutar na defesa desses direitos, garantidos por lei.