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Notícia postada dia 04/06/2012

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Nova reunião com Ayres Britto ainda aponta cenário de indefinição sobre PCS

Nova reunião com Ayres Britto ainda aponta cenário de indefinição sobre PCS

Em reunião na noite da última sexta-feira (01) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Britto, os coordenadores da Fenajufe Ramiro López, Saulo Arcangeli, Zé Oliveira, Jean Loiola e Antônio Melquíades (Melqui) solicitaram informações sobre as negociações em torno do PL 6613/09. Nesse segundo encontro do ministro com os dirigentes sindicais desde que tomou posse à frente do STF, eles apresentaram a preocupação da categoria com a demora na votação do plano e informaram o calendário de mobilização, aprovado na reunião ampliada do dia 26, que inclui o indicativo de greve no dia 13 de junho. “Dissemos ao ministro que a categoria está insatisfeita com esse cenário de indefinição, em que não se tem nenhuma garantia em relação à possibilidade de um acordo. Por isso, ressaltamos que queremos um retorno do STF sobre o que tem sido discutido com o Executivo em relação ao nosso PCS. Em todo o país, a categoria aprecia o indicativo de deflagração de uma greve para pressionar que haja avanços nas negociações”, explica Melqui.

Perguntado pelos coordenadores da Fenajufe sobre o conteúdo da reunião com a presidenta Dilma, Ayres Britto afirmou que tratou de assuntos de interesses do Supremo, mas que não falaria sobre o conteúdo da conversa. Em relação ao PCS, o ministro afirmou que construiu um consenso entre a magistratura e os tribunais superiores em defesa do reajuste dos servidores e que tem feito conversas com o Executivo e com o Legislativo. Segundo Britto, no entanto, externar qualquer teor das tratativas neste momento não ajudaria nas negociações, já que não há nada garantido.

“É evidente que o ministro quer manter discrição sobre o que ele tem conversado. Contudo, na impossibilidade de acesso ao teor das conversas mantidas com o Executivo, a categoria deve seguir o seu roteiro original, que é construir a greve. Por mais que o ministro queira transmitir otimismo, isso por si só não pode servir como alento para uma categoria que está há seis anos sem reajuste”, afirma Jean Loiola, reforçando a necessidade da construção da greve em todo o país. “Diante do cenário de completo exaurimento da nossa categoria, alvo de todo o tipo de ataque proveniente de uma política de arrocho ao funcionalismo promovido pelo governo Dilma, não há como conter a necessidade premente da deflagração de uma greve, que retire o PCS de onde ele está incrustado”, ressalta.

Para Saulo Arcangeli, embora o ministro tenha tentado mostrar que está se mexendo, diferentemente do que a categoria vivenciou com seu antecessor [ministro Cezar Peluso], a reunião não acena com o fechamento de um acordo para aprovar e implementar o PCS. “Não podemos ficar esperando por uma solução sem deflagrar o processo de mobilização, aprovado na última reunião ampliada, que definiu a greve a unificada no dia 13”, avalia Saulo, que também lembrou ao ministro Ayres Britto que em 2010 uma boa parte da categoria acreditou num possível acordo entre Lula e Peluso, mas que nunca foi concretizado. “Isso serviu para desmobilizar a categoria, o que acabou impedindo a possibilidade de conquista do PCS naquele momento. Por esse histórico, devemos estar preparados para a deflagração da greve no dia 13, considerando, ainda, que a política do governo Dilma segue a de congelamento e de retirada de direitos”, finaliza.

Na avaliação de Zé Oliveira, embora na reunião o ministro tenha dito ter feito conversas com o Executivo e o Legislativo, não há nada garantido, posição, inclusive, expressada pelo próprio presidente do STF. O dirigente entende que não resta alternativa neste momento fora intensificar a mobilização, a pressão da categoria e construir a greve, mantendo um acompanhamento permanente dos passos dados pela cúpula do Poder Judiciário, em especial pelo ministro presidente do STF. “O ministro Ayres afirmou que tem feito tratativas para garantir a negociação do PCS. No entanto, ainda não há nada de concreto e só a manutenção e ampliação da mobilização da categoria é que vai garantir que esta porta que se abre não seja fechada novamente e com os servidores do lado de fora, como já aconteceu anteriormente. É desta forma que conquistamos os planos anteriores e não será diferente desta vez”, disse Zé.

Ramiro López chama a categoria para reforçar a luta em todo o país e participar da Marcha Nacional dos SPFs no dia 5 de junho e dos trabalhos de pressão na CFT no dia 6, visando à construção da greve a partir do dia 13. Da mesma forma que os colegas que participaram da reunião no STF, ele considera que somente uma greve forte e unificada em todo o país será capaz de arrancar do governo e da cúpula do Judiciário um acordo para votar o PCS. “Saímos da reunião sem saber ao certo o que está se discutindo entre o STF e o Palácio do Planalto. Então só nos resta cumprir o calendário aprovado nas nossas instâncias deliberativas e unificar a luta em todo o país”, orienta.

 

Fonte: Fenajufe.



 

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