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Notícia postada dia 03/04/2012

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Decisão do Conselho sobre greve da Justiça na Região Norte pode virar regra para todo funcionalismo

Decisão do Conselho sobre greve da Justiça na Região Norte pode virar regra para todo funcionalismo

Uma decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre um processo do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região — que inclui o Pará e o Amapá — abriu precedente para que os servidores públicos tenham o ponto cortado quando fizerem greve. A posição do CNJ vai ser apresentada em enunciado administrativo, uma espécie de manual usado para consolidar jurisprudência já estabelecida, pelo conselheiro Gilberto Valente Martins no próximo dia 10. A medida foi proposta durante o julgamento de recurso dos funcionários do TRT8, que cruzaram os braços entre 15 de junho e 26 de julho do ano passado. Na ação, os trabalhadores reivindicavam a possibilidade de compensar com trabalho os dias parados, mas a negativa de pagamento foi mantida pelo CNJ.
 
"Ninguém está cerceando o direito de greve. Todavia, as paralisações impõem um ônus aos que aderem", argumentou o conselheiro Gilberto Valente. Ele ressaltou que a medida não impede a negociação de acordo entre as partes para que haja compensação dos dias parados com trabalho. Valente defendeu que o desconto no ponto não é uma punição aos servidores, mas uma consequência natural da greve. Caso contrário, afirma o conselheiro, a sociedade seria  prejudicada, pois, além de ficar sem o serviço público durante o período de paralisação, ainda teria de pagar por isso. A jurisprudência poderá ser aplicada em processos semelhantes paragreves de todos os tribunais, e também de órgãos dos poderes Executivo e Legislativo.
 
Cledo de Oliveira, coordenador financeiro da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário (Fenajufe), contestou a decisão. "A federação está discutindo a aplicação do direito degreve, que só vem sendo usada na parte que prejudica o trabalhador", declarou. Oliveira disse ainda que apesar da decisão, a categoria não vai se intimidar nas negociações com o governo e que a possibilidade de novas paralisações não está descartada.
 

Fonte: Correio Braziliense



 

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