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Notícia postada dia 21/03/2012

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Fenajufe pede, no CNJ, que relator paute processo que garante direito de greve dos servidores

Fenajufe pede, no CNJ, que relator paute processo que garante direito de greve dos servidores

Durante reunião no início da noite desta terça-feira [20], no Conselho Nacional de Comunicação [CNJ], os coordenadores da Fenajufe Cledo Vieira, Jean Loiola e Evilásio Dantas entregaram ao conselheiro Gilberto Valente Martins memorial, elaborado pela assessoria jurídica da Federação, em defesa da aprovação do Pedido de Controle Administrativo PCA 0006227-50.2011.2.00.0000, que tem como objetivo garantir o exercício do direito de greve dos servidores do Judiciário Federal. O PCA da Fenajufe, cujo relator é o próprio Gilberto Valente, questiona a Resolução nº 86 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho [CSJT], que dispõe sobre “os procedimentos administrativos a serem adotados em caso de paralisação do serviço por motivo de greve”, no âmbito da Justiça do Trabalho.

 

Em suas intervenções, os dirigentes sindicais pediram que o relator apoie a reivindicação da Fenajufe e que ele paute logo o PCA no plenário do CNJ, no sentido de garantir o respeito ao direito de greve da categoria. Gilberto Valente disse aos coordenadores da Fenajufe que vai avaliar a possibilidade de incluir o Pedido na pauta, mas argumentou que o CNJ tem o entendimento, em decisão em cima do processo impetrado pelo Sintrajuf-PE, que os tribunais podem determinar o corte de pontos dos servidores que paralisarem os trabalhos. Em resposta à argumentação do conselheiro, os coordenadores da Fenajufe explicaram que, diferentemente da Resolução nº 86 do CSJT, a decisão do CNJ não determina que haja o corte de pontos ainda durante o movimento de greve, sem qualquer negociação. “A Resolução do CSJT impede que os tribunais possam negociar com os servidores a forma como se dará a compensação dos dias parados ou a recomposição do trabalho represado”, ponderou Jean Loiola, durante a reunião.

 

De acordo com o coordenador da Fenajufe, a determinação do Conselho da JT limita qualquer possibilidade de negociação entre os tribunais e as entidades que representam os servidores. Além disso, ele também questionou o mérito da decisão, que, segundo ele, coíbe o direito de greve, sem a possibilidade de que haja uma negociação posterior ao término do movimento grevista. “O CSJT, ao querer normatizar a greve, retira dos tribunais a sua autonomia, prevista na Constituição Federal”, questionou Jean, em sua fala.

 

Cledo Vieira argumentou, ainda, que os conselhos [CSJT, CNJ e CJF] têm definido regras diferenciadas para cada ramo do Judiciário, sem seguir uma norma única. “”Existem regras distintas para cada setor do Judiciário em relação à greve, mas a categoria é uma só. Esperamos que o CNJ aprove o nosso pedido de controle administrativo, para que seja repeitado o direito de greve em todo o Judiciário Federal”, afirmou Cledo.

 

Os coordenadores da Fenajufe, como exemplo, citaram ao conselheiro Gilberto, que é egresso do Ministério Público Militar no Estado do Pará, o exemplo do caso ocorrido no TRT da 8ª Região, com sede em Belém, onde o presidente do tribunal determinou, logo no início da greve, que fosse cortado o ponto dos servidores, sem fazer qualquer negociação com o Sindjuf-PA/AP, sindicato que representa a categoria naquele estado. “A presidência do tribunal não se reuniu nem com o sindicato e nem com a Fenajufe e, depois que determinou o corte de pontos, designou um representante da administração, sem poder para rever a decisão do tribunal, para se reunir com os servidores. Ou seja, foi uma decisão de forma unilateral, sem nenhuma possibilidade de negociação”, explicou Jean, lembrando, ainda, que normalmente a categoria quando retorna ao trabalho após o encerramento da greve repõe os serviços que não foram realizados devido ao movimento.

 

Também defendendo a autonomia dos tribunais para negociar com as entidades sindicais, Evilásio Dantas usou, como exemplo, o caso de Pernambuco, onde o presidente do TRT mandou cortar o ponto dos grevistas sem dialogar com o Sintrajuf-PE, enquanto que na Paraíba a presidência do tribunal aceitou negociar com o Sindjuf-PB, com a Fenajufe e com o Comando de Greve durante todo o período que durou o movimento em defesa do PCS. “O sindicato da Paraíba se reuniu constantemente com o TRT, numa negociação ininterrupta. Graças a esse diálogo, o resultado foi o abono das faltas em decorrências da greve e a reposição do serviço represado durante o horário normal de trabalho”, explicou Evilásio.

 

Além de entregar o memorial em defesa do PCA 0006227-50.2011.2.00.0000, a Fenajufe também solicitou reuniões com todos os conselheiros para conseguir o apoio de todos à aprovação do pedido.

 

Fonte: Fenajufe



 

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