Cerca de 500 servidores públicos federais foram para as ruas na manhã desta quarta-feira (15/2) no início da Campanha Salarial 2012. Reunidos em 30 centrais sindicais, representantes do funcionalismo do Executivo, do Legislativo e do Judiciário estão concentrados em frente ao Ministério do Planejamento e aguardam uma reunião com a ministra Miriam Belchior.
Os servidores querem a reabertura das negociações com o governo federal. Eles reclamam que, desde a morte do secretário de Recursos Humanos, Duvanier Paiva Ferreira, vítima de infarto em 19 de janeiro, o Ministério do Planejamento suspendeu o diálogo. Os sindicatos travam uma batalha não apenas por reajustes salariais, mas também por reestruturação de carreiras e pela definição de uma data-base, entre outras reivindicações.
Eles fazem a manifestação justamente no dia em que a ministra Miriam divulgará um corte estimado em R$ 55 bilhões no Orçamento da União. Na opinião do diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Pedro Armengol, a alegação de ajuste fiscal do governo como justificativa para não conceder aumentos salariais não convence o funcionalismo. Ele argumenta que, hoje, as despesas com pessoal giram em torno de 30% da receita corrente líquida do governo, abaixo do teto imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de 50%. "O que falta é vontade política", critica.
Fonte: Blog do Servidor