Nesta terça-feira (17), os servidores do TRT5 aprovaram o acordo fechado entre o TRT5 e o SINDJUFE sobre o pagamento das horas referentes ao período de greve. No período da tarde foi realizada uma reunião com a administração do TRT com o fim de ratificar o que foi discutido com a categoria. Nesta quarta-feira (18), às 16h, será realizada uma nova reunião para fechar os pontos destacados a seguir.
Para a compensação hora a hora, ficou estabelecido:
Em agosto será realizada uma nova reunião para discutir alternativas para aqueles servidores que devem mais de 240 horas. Cada servidor vai assinar um termo de adesão se comprometendo com a compensação hora a hora.
Em relação à proposta de apoio dos servidores que não fizeram greve colaborar na redução do banco de horas dos grevistas, o TRT5 aceitou parcialmente e esta decisão não constará na ata. O sindicato vai comunicar o diretor de secretaria e chefe do setor, que por sua vez, vai acompanhar e passar as informações para o Tribunal.
Os representantes do Tribunal não levaram em consideração a publicação realizada pelo Órgão, que estabeleceu o percentual de 60% dos servidores trabalhando no período da greve, nem a mesa de negociação, cujas atas estão assinadas pelos representantes desta Casa. Dessa forma, mesmo quem fez rodízio e cumpriu todo o acordo firmado entre mesa de negociação e sindicato, terá que pagar horas.
O sindicato ainda tentou abonar as horas referentes ao período que prevaleceu a mesa de negociação, entre primeiro de junho a 22 de julho, mas não foi aceito.
Espírito de categoria : Ficou claro que, na conjuntura em que envolve Órgãos os quais os servidores estão subordinados, o objetivo é fragmentar a categoria e por um fim na luta de classe. A mensagem do sindicato e dos servidores que estão acompanhando esse processo desde o início, é união da categoria para vencer toda forma de retaliação e decisão unilateral, que nos últimos anos a categoria vem sofrendo.
Na reunião realizada na segunda-feira, os representantes da categoria questionaram a participação excessiva do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) nas decisões do TRT5, Casa que prega a conciliação.
Os servidores presentes na assembleia não viram sentido na decisão da atual administração ao desconsiderar negociações anteriores, sentem-se traídos nesta questão, algo que, infelizmente, fortalece uma desconfiança nas relações de trabalho e mina a credibilidade duma instituição que se diz zelosa com o direito, mas que ao defenestrar acordos internos, afirma-se apenas como agente de uma retórica vazia e autoritária . Essa decisão do TRT não pode ser motivo para os servidores baixarem a cabeça e fugirem da luta. Mas utilizar como experiência nas próximas mobilizações. É bom sempre repetir que a luta da categoria não é contra o Tribunal ou advogados, mas pela valorização da categoria e do serviço público de qualidade.