Em 2011, as florestas brasileiras correram ainda mais risco com a votação do novo projeto do Código Florestal. O início da instalação da Usina de Belo Monte também mostrou o abismo que há entre os interesses da população e a preservação do meio ambiente e os dos que defendem um “desenvolvimento econômico” a todo custo.
As cidades foram consumidas por demandas da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. A população já sente os impactos do legado dos megaeventos esportivos: investimentos maciços em grandes obras, enquanto boa parte da população pobre sofre ameaça de despejos e remoções; uma arbitrariedade por parte do poder público.
A grande concentração fundiária provoca mortes de trabalhadores rurais. Mas, ao unirem os interesses do campo e da cidade, movimentos sociais protestaram neste ano contra os agrotóxicos e os transgênicos.
Onde a opressão é grande, a luta é ainda maior. Inconformados, jovens, trabalhadoras e trabalhadores desempregados, LGBT`s, sem terras, indígenas, artistas, ambientalistas e muitos outros grupos sociais mostraram a força da resistência à imposição de uma vida que não desejam.
Uma onda global de protestos se propaga e resiste à crise capitalista global. Nas ocupações de praças, em manifestações, greves, em cooperativas, diversos movimentos trabalham alternativas para construir o mundo onde querem viver.
Sem a liberdade para se expressar e comunicar, muitas dessas lutas perdem a oportunidade de ecoar mais longe. Por isso, movimentos sociais pela democratização da comunicação persistem na descriminalização das rádios comunitárias e defendem um novo marco regulatório para mídia.
Fonte: Pulsar Brasil (com alterações)
(A retrospectiva da luta dos servidores do Judiciário Federal está sendo concluída)