SINDJUFE-BA

O presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (2ª região), desembargador Nelson Nazar, afirmou hoje que vai manter o corte de salários dos servidores em greve. Segundo o TRT, cerca de 40% dos dois mil funcionários das varas do trabalho estão parados há quase dois meses.

"Enquanto estiverem parados não haverá salário", afirmou Nazar. Segundo ele, a lei que dispõe sobre o exercício do direito de greve (Lei 7.783, de 1989) prevê que o contrato permanece suspenso durante a paralisação. "A suspensão da remuneração decorre da lei. Se houver ordem judicial de tribunal superior mandando pagar, eu vou cumprir", disse.

Os grevistas tomaram conhecimento do corte do ponto na última segunda-feira, quando receberam o contracheque. O grupo reivindica revisão do plano de cargos e salários e reposição salarial.

"Vamos fazer uma nova mobilização na próxima semana, quando começa a Semana Nacional da Conciliação", afirmou um dos coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo (Sintrajud-SP), Tarcísio Ferreira.

Segundo o presidente do TRT, cerca de 140 servidores do segundo grau foram cedidos temporariamente para as varas da capital e do interior para ajudarem nas análises dos processos de execução e montagem do Banco Nacional de Devedores Trabalhistas. "A tarefa, essencial para a emissão da Certidão Negativa de Débito Trabalhista, está andando em ritmo acelerado, apesar da greve", disse Nazar.

(Fonte: Valor Econômico