SINDJUFE-BA

Informações publicadas em veículos da grande imprensa, entre os quais o Jornal O Globo e o blog do jornalista Ricardo Noblat, deram conta de que o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, visitou ontem [06] o presidente da Câmara, deputado Michel Temer [PMDB-SP], para falar de algumas questões, como o PL 6613/09, que tramita na Comissão de Trabalho da Câmara. Na ocasião, segundo as matérias, o novo presidente do TSE, além de pedir a imediata aprovação do projeto, “alertou para a possibilidade de greve” dos servidores do Judiciário. O blog do Noblat afirma, ainda, que na semana que vem, “quem fará carga é o presidente do Supremo, Cezar Peluso”.

Em contato hoje com o diretor de Recursos Humanos do STF, Amarildo Vieira, as assessorias da Fenajufe e de alguns sindicatos de base obtiveram a informação de que realmente houve essa reunião entre o ministro Ricardo Lewandowski e o deputado Michel Temer. O representante do STF, no entanto, não passou informações detalhadas sobre o encontro.

Há também informações de que os ministros Cezar Peluso e Ricardo Lewandowski deverão se reunir nos próximos dias com o presidente Lula e um dos pontos da pauta será o projeto que revisa o PCS do Judiciário. A Fenajufe continuará em contato direto com o STF para obter mais informações sobre essas negociações.

Para os coordenadores da Fenajufe, esse contato do presidente do TSE com o presidente da Câmara já é um primeiro resultado da pressão que a categoria vem fazendo nos últimos dias. Ao alertar o deputado Michel Temer sobre “a possibilidade de greve” dos servidores do Judiciário, Ricardo Lewandowski deixa explícita sua preocupação com o movimento paredista. É importante ressaltar que o presidente do TSE foi designado um dos interlocutores da cúpula do Judiciário, junto com o presidente do STF, para tratar das questões do PCS.

“Esperamos ter resultado na próxima semana de algum avanço entre as conversas do Judiciário, com o Executivo e o Legislativo. Quarta-feira [12] haverá sessão da Comissão de Trabalho e tomara que o PL 6613 seja incluído na pauta. Mas o que definirá isso é a força de nossa greve”, explica Evilásio.

“Semana que vem vamos aumentar os nossos contatos com a cúpula do Judiciário, com o objetivo de obtermos algum retorno das negociações. Mas precisamos estar respaldados por uma greve forte em nível nacional”, acrescenta Fátima Arantes.

Fonte: Fenajufe