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Notícia postada dia 13/12/2011

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Alagoas: Greve dos servidores é marcada por atividade de formação política

Alagoas: Greve dos servidores é marcada por atividade de formação política

A manifestação dos servidores do Judiciário Federal foi marcada por atividade de formação política. Os grevistas participaram de um bate-papo com a professora doutora em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas Alice Anabuki, que fez um debate sobre a crise econômica mundial e suas implicações nas relações trabalhistas, no prédio das Varas Trabalhistas na manhã desta segunda-feira (12).


Em sua exposição, a professora prestou solidariedade aos servidores, destacando que a luta da categoria não era isolada, não era corporativista, nem regional, mas que era uma luta que ultrapassava as fronteiras e era mundial. “Esse é o momento propicio de uma mobilização que cresce contra o neoliberalismo”.
 

Ela exemplificou a queda a ditadura do Oriente Médio, as mobilizações da classe trabalhadora nos Estados Unidos, na Europa, a exemplo da França, da Espanha, da Grécia, da Irlanda entre outras nações européias.
 

De acordo com ela, a política é de contenção de salários, de congelamento do quadro dos serviços públicos, “tudo em nome dessa política neoliberal, da austeridade fiscal, social e econômica”.

A professora ressaltou a importância da conjuntura favorável a unificação dos trabalhadores. “Temos que unificar a categoria e a classe trabalhadora que se encontra fragmentada, levar o arrefecimento da nossa luta”.

De acordo com Anabuki, os estados estão sendo subjugados, reféns e subordinados ao capitalismo. “É preciso saber que nossa luta não é só contra o governo federal”.

Segundo ela, a presidente Dilma Rousseff ‘aprendeu muito bem a lição da casa’ pelos grandes bancos mundiais, que vêm impondo uma política de austeridade desde a década de 70 com corte de direitos, cortes nas áreas sociais e política de enxugamento do Estado. “Sabemos perfeitamente o que significa implantar a austeridade. E o primeiro setor a ser atacado é o serviço público. Nos governos Collor, FHC e Lula, foram retirados 50% dos nossos direitos”.

Ela também destacou que os aposentados também são os que mais são penalizados. De acordo com as estatísticas, o tempo médio de vida após se aposentar é de apenas dois anos.
 

“O congelamento de salário significa rebaixamento de salário. É recuo da capacidade de consumo e de aquisição de bens duráveis. Nosso confronto hoje é lutar contra a precarização, a desregulamentação, a retirada de direitos dos trabalhadores no mundo inteiro. Não é apenas uma luta corporativa.
 

A professora destacou que é preciso fortalecer a base, a resistência e a persistência. “Ao contrário do Sindjus/AL, muitos sindicatos se entregaram a política de austeridade, traíram as suas bases”.
 

Anabuki parabenizou os servidores destacando que eles venceram a repressão e o medo. “Com essa luta, a classe trabalhadora será beneficiada, não somente os servidores do Judiciário Federal. Essa política de minimização forçou a socialização e a resistência contra a desregulamentação”.
 

O coordenador Jurídico do Sindjus/AL, Paulo Falcão, disse que os governos de FHC, Lula e agora de Dilma quebraram a unidade do movimento sindical. “Já realizamos grandes campanhas salariais unificadas por reajuste linear. Infelizmente, muitos sindicatos buscaram outros caminhos”.
 

O sindicalista lembrou que o Brasil é o único país do mundo em que o servidor se aposenta e ainda tem que continuar pagando pela Previdência. “O governo coloca a responsabilidade pelo déficit da previdência nas costas dos servidores públicos”.

 

Fonte: Primeira Edição



 

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