SINDJUFE-BA

Os servidores do Judiciário Federal e MPU em Alagoas comemoraram a decisão do Conselho Nacional de Justiça que suspendeu o corte de ponto dos grevistas, nesta terça-feira [06]. A decisão derruba a resolução administrativa 34/2011 que desconto os dias parados dos servidores.

Embalados por marchinhas tocadas em bumba e outros instrumentos, os servidores realizaram uma passeata pelos dois prédios do Tribunal Regional do Trabalho bem como nas varas trabalhistas para mostrar a força do movimento.

Os grevistas cantaram uma marchinha parodiada de um clássico do carnaval, “você pensa que cachaça e água”, ficando dessa forma: “Se você pensa que cortando o ponto, vai nos dar uma pressão. Ditadura tá fora de moda. Agora vale a negociação. Pode me faltar tudo na vida; arroz, feijão e pão. Pode me tirar da folha, CNJ não vai deixar não. Pode até ter algum frouxo. Que tenha cedido a chantagem, só merece o PCS quem mostrar sua coragem”.

O coordenador Geral do Sindjus, Marcus Robson, ressaltou que mesmo sofrendo retaliações, disse ter a certeza absoluta que a decisão do CNJ é a prova da vitória da greve. “O ato de hoje serviu para mostrar à presidente do TRT a força do movimento e a vitória contra o corte de ponto dos servidores”.

Filhos dos servidores participam da manifestação
Além das atividades em comemoração à decisão do CNJ, filhos dos servidores participaram das atividades do movimento grevista. O objetivo do Sindjus-AL é que eles tenham consciência da luta dos trabalhadores contra o congelamento de salário.

Para o coordenador Jurídico do Sindjus Paulo Falcão, a iniciativa em levar os filhos para o movimento é conscientizar esses futuros cidadãos para que eles tenham a mesma bravura em lutar pelos seus direitos desde cedo.

Foi o que enfatizou a servidora do TRT Cristiana Maia, que acredita na importância de mostrar o seu filho o movimento paredista. “É de extrema relevância conscientizar os filhos sobre como se conquista vitórias. Sempre converso com ele as razões que me fizeram entrar em greve e estar aqui todos os dias”, contou Cristiana.

A servidora Silvany Pires também afirmou que levou a filha para que ela entenda o seu trabalho, como funciona a vara, o que ela faz e, sobretudo, o motivo que a levou aderir a greve. Silvany acrescentou ainda: “quero que minha filha tenha consciência de que nada vem de mão beijada, e a greve é uma maneira de lutar por uma causa que diz respeito a ela. Quero que minha filha cresça consciente sobre a importância da luta desde cedo”.

Fonte: Sindjus-AL