SINDJUFE-BA

Na segunda-feira (07), a avenida Miguel Rosa, uma das principais de Teresina, amanheceu com um som diferenciado, de apitos, dos trabalhadores do Judiciário Federal em greve por tempo indeterminado pelo PCS. Eles decidiram definitivamente que enquanto o governo mantiver sua posição de reajuste zero, não haverá audiências.

“Hoje foram mais de 60 audiências não realizadas, fora as extras que vez ou outra surgem. Hoje o movimento surpreendeu, foi mais consistente, tendo em vista que o governo não atende aos trabalhadores mas tem dinheiro para Copa, para OnGs, para o FMI. E nós, trabalhadores são cinco anos sem reajuste, fizemos concurso pra provar nossos méritos, mas o governo não valoriza a nossa força de trabalho” afirma Gilson Alexandrino, diretor da 1ª Vara trabalhista.

De acordo com o Sintrajufe-PI, bloqueando a porta e convencendo os outros trabalhadores a aderirem à greve, nenhuma audiência aconteceu no dia de hoje. “Mostramos hoje, que não são apenas os juízes e as partes que constroem o sistema judicial brasileiro, somos nós que encaminhamos os processos, que arquivamos os mesmos, e que realizamos as audiências com as partes e os magistrados, e parece que o Governo Dilma quer ignorar isso. Além dos cinco anos sem reajuste salarial, ainda tem proposta de lei de congelamento salarial. Lutamos para que nosso PCS seja aprovado esse ano, e se o Reajuste for zero, será zero de audiência também” fala Pedro Laurentino, diretor do Sintrajufe.

“Apesar de parecermos sermos prejudicados, vemos como uma luta nossa, porque é justa, são cinco anos sem reajuste. Além disso, foi importante a consideração por parte do movimento grevista ao oferecer um café e uma boa música para todos, ao mesmo tempo que explica a sua causa. Porque o apoio popular é fundamental” exclama conjuntamente os advogados trabalhistas Ribeiro Magalhães, Martim Feitosa e Gregório Martins.

Fonte: Sintrajufe-PI