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Notícia postada dia 12/04/2010

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PL 6613 não está na pauta da próxima quarta. Greve será inevitável para aprovar os PCSs

PL 6613 não está na pauta da próxima quarta. Greve será inevitável para aprovar os PCSs

Os impasses em torno da votação dos projetos que revisam os planos de cargos e salários dos servidores do Judiciário Federal e do MPU continuam e preocupam, cada vez mais, a Fenajufe e os sindicatos filiados. Mais uma semana se encerra sem que os PLs 6613/09 e 6697/09 sejam votados na Comissão de Trabalho e Serviço Público da Câmara, onde tramitam, desde o final de novembro do ano passado, sob a relatoria do deputado Sabino Castelo Branco [PTB-AM]. Na avaliação do coordenador da Fenajufe Antônio Melquíades [Melqui], essa demora na apreciação dos planos pode ser uma medida protelatória por parte da bancada governista, que tem tido várias atitudes duvidosas em relação aos projetos.

A análise do dirigente sindical tem embasamento em alguns fatos ocorridos esta semana. Na sessão de quarta-feira [07], o PL 6697/09 [do MPU] estava na pauta, mas o vice-líder do governo na Casa, deputado Luiz Carlos Busato [PTB-RS], pediu vista ao parecer do relator, contrariando a manifestação de apoio expressa por maioria dos deputados presentes à sessão. Antes de apresentar o pedido de vista, o deputado havia sugerido, ainda, que fosse realizada uma audiência pública ou a criação de uma comissão especial para analisar todos os projetos de reajuste de servidores. As duas propostas foram rejeitadas.

Além de Melqui, os coordenadores Jean Loiola e Roberto Policarpo acompanharam a sessão e conversaram com alguns deputados e assessores sobre a possibilidade de votação dos dois projetos. Segundo eles, o PL que revisa o PCS do MPU deve voltar, automaticamente, para a pauta da Comissão de Trabalho da próxima quarta-feira [14].

Já o PL 6613/09 [do Judiciário Federal] não chegou a entrar na pauta de quarta-feira da Comissão de Trabalho e ainda corre o risco de não ser incluído na semana que vem. Em contato nesta sexta-feira [09] com Ezequias Lima de Souza, chefe de gabinete do relator dos projetos, o coordenador Antônio Melquíades obteve a informação de que o relatório do PL do Judiciário ainda não havia sido encaminhado para entrar na pauta da sessão da próxima quarta. De acordo com o chefe de gabinete, nesta quinta-feira [08] foram realizadas várias conversas com deputados da bancada do governo, que pediram um prazo maior para analisar o projeto. Por isso, segundo Ezequias Lima, o relatório ainda não foi apresentado à Comissão de Trabalho.

Ainda nesta quinta-feira Sabino Castelo Branco disse ao coordenador da Fenajufe que realizará todo o esforço possível para fechar, nos próximos dias, um acordo com a bancada do governo a fim de colocar o projeto extra-pauta na próxima quarta-feira [14]. Mas alertou, no entanto, que se não houver um clima favorável ao projeto, por parte dos deputados governistas, ele prefere não colocar o PL 6613 em votação.

“O deputado me garantiu que conversou sobre o projeto com vários deputados, inclusive com o presidente da Comissão de Trabalho, Alex Canziani. Ele avalia ser arriscado pautar o projeto sem finalizar as negociações com a bancada governista, mas me garantiu que fará todo o esforço possível para fechar isso e pautar o nosso PCS na próxima quarta”, afirma Melqui, que considera pouco provável o PL 6613/09 ser votado na semana que vem na Comissão de Trabalho.

Na avaliação do coordenador da Fenajufe, o pedido de vista do deputado Carlos Busato ao relatório do PL 6697 e a atitude de alguns deputados de querer analisar melhor o PL 6613 são sinais claros de que o governo está tentando emperrar a votação dos PCSs do Judiciário e do MPU. “Os nossos projetos estão desde o final de novembro do ano passado na Comissão de Trabalho. Os deputados já tiveram tempo de sobra para estudar todo o seu conteúdo. Para mim, isso é uma política protelatória do governo e também reflete a falta de empenho da cúpula do Judiciário e do MPU nas negociações junto ao Ministério do Planejamento”, ressalta o coordenador da Fenajufe.

Construção da greve e contato com os deputados nos Estados
Para o coordenador de plantão, a deflagração da greve é inevitável e, por isso, ele orienta que todos os sindicatos realizem assembleias para debater o calendário de mobilização com a categoria. Ele alerta que sem a greve ainda este semestre, os projetos de revisão salarial correm o risco de não serem votados este ano. “Não tenho dúvida de que somente a greve será capaz de garantir avanços em nossa campanha. Precisamos também intensificar as mobilizações para garantir o cumprimento do calendário aprovado no 7º Congrejufe, em Fortaleza, que aponta o indicativo de greve para os dias 5 e 6 de maio”, afirma.

A Fenajufe está encaminhando ofícios para todos os tribunais superiores e órgãos do MPU para informar a situação dos projetos na Comissão de Trabalho e os impasses que tem impedido a aprovação dos PCSs. Nos documentos, a Federação também solicita empenho das administrações dos órgãos nas negociações junto aos representantes do governo federal.

Melqui orienta que além de realizar as assembleias para votar o indicativo de greve, os sindicatos também devem procurar os deputados de seus Estados que compõem a Comissão de Trabalho, tanto os titulares como os suplentes, com o objetivo de garantir o apoio de todos para que os projetos de revisão salarial sejam votados o mais breve possível na CTASP e encaminhados à Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

 



 

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