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Notícia postada dia 19/08/2011

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Lauro Cardoso defende subsídio, mas afirma que PGR ainda vai definir posição final sobre reajuste

Lauro Cardoso defende subsídio, mas afirma que PGR ainda vai definir posição final sobre reajuste

 Durante audiência pública, realizada na Câmara dos Deputados na tarde ontem [17], o Secretário-Geral do Ministério Público Federal [MPF], Lauro Cardoso, defendeu o modelo remuneratório de subsídio. Contudo, foi enfático, ao longo de toda sua explanação, ao afirmar que trazia ali a posição da Secretaria-Geral, não destacando, portanto, de fato qual seria a posição do MPU. Sua posição, na condição de Secretário-Geral, a despeito de relevante, ainda não traduz qual será a proposta a ser defendida pela instituição, até mesmo porque o Conselho de Assessoramente Superior do MPU, formado pelos Procuradores-Gerais dos ramos, aprovou proposta orçamentária que contempla os valores do reajuste nos termos do PL original e não em torno da proposta de subsídio defendida por Cardoso.

 

Ademais a proposta definitiva da PGR, segundo Lauro, carece ainda da posição dos Procuradores-Gerais de cada ramo e também do Conselho Nacional do Ministério do Ministério Público, órgão ao qual foi submetido o PL 6697/09, antes de ser remetido ao Congresso Nacional. Resta-nos saber também, que como se trataria de novo projeto de lei, caso o MPU defenda o subsídio, se este seria enviado em tempo hábil, ainda no mês agosto ao Congresso, de forma ser contemplado na lei orçamentária de 2012. Vale lembrar que a Fenajufe, em reunião com o Secretário-Geral Adjunto, foi informada que a intenção seria o envio de um novo projeto, já que existem questionamentos de natureza constitucional em se levar adiante a emenda do Deputado Reginaldo Lopes, por sugerir alteração do objeto numa comissão que não discute mérito.

 

O Secretário-Geral afirmou, também, que o Procurador-Geral tem simpatia pelo subsídio e também preza pela busca de soluções conjuntas com o Poder Judiciário em função da simetria constitucional. E ainda, que em função do impasse, é preciso buscar outros caminhos para a questão salarial. Contudo, fica evidente, na avaliação da Fenajufe, diante da visão economicista do Governo Federal de reduzir gastos, a contradição nessa lógica já que o próprio Secretário-Geral afirmou que o impacto orçamentário do subsídio é maior que o PL original. A Fenajufe sempre asseverou que a questão orçamentária é usada de forma política para negar reajustes, não tendo a ver, portanto, com a forma de remuneração e sim com o descaso com que o Governo Federal tem tratado o servidor público.

 

Embora não tenha trazido os números, Lauro ressaltou que a proposta de subsídio é mais onerosa que PL 6697/09, em seus termos originais, mas disse acreditar que ao longo do tempo isso seria amenizado. Contudo não foi muito claro em dizer como isso seria possível.

 

Autonomia sindical

Causa também estranheza a preocupação do Secretário-Geral com a organização sindical dos trabalhadores e das trabalhadoras do MPU. A organização sindical é livre e cabe tão somente aos trabalhadores a opção de se filiar ou não a esta ou aquela entidade sindical. Assim, a fala do Secretário, na Audiência Pública, ao estabelecer comparativos de quem defende ou não a categoria não lhe é pertinente. Lembremos que o Sindjus-DF, filiado à Fenajufe, possui mais que o dobro de filiados de servidores do MPU, no Distrito Federal, que o outro sindicato que disputa base na capital federal.

 

A Fenajufe vê com preocupação este tipo de manifestação e espera que nenhuma entidade sindical seja alijada do processo de debate sobre remuneração por expressar posições divergentes.

 

Fonte: Fenajufe.

 

 

 
 



 

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