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Notícia postada dia 05/06/2011

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Delegados da Plenária aprovam resolução que reafirma luta pelo PCS

Delegados da Plenária aprovam resolução que reafirma luta pelo PCS

Delegados também rejeitam qualquer proposta que retire direitos

 

Um dos momentos mais disputados nesse segundo dia da XVI Plenária Nacional da Fenajufe, que acontece desde ontem [03] no Rio de Janeiro, foi o debate que antecedeu a votação da resolução sobre o plano de cargos e salários. A primeira parte desse painel da Plenária contou com a participação do deputado federal Roberto Policarpo [PT-DF], relator do PL 6613/09 na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Após a participação do parlamentar, alguns delegados e observadores fizeram intervenções a respeito do tema, tirando dúvidas sobre a tramitação do projeto ou fazendo o debate quanto à forma de remuneração.
 


Após o debate, três propostas divergentes foram apresentadas, sendo uma retirada e as outras duas indo à apreciação do plenário. A proposta 1, aprovada por ampla maioria e apresentada por diretores da Fenajufe e representantes de vários sindicatos que defendem os projetos de revisão dos planos de cargos e salários, reafirma a luta pelos PCSs e rejeita qualquer proposta que reajuste o salário retirando direitos já conquistados pela categoria. A proposta 2, apresentada por delegados do movimento pró-subsídio, defendia que a Plenária aprovasse uma proposta de equiparação com carreiras análogas.



De acordo com a resolução da XVI Plenária Nacional, a Fenajufe, os sindicatos e a categoria devem “defender a busca incessante pela equiparação salarial com carreiras análogas e a unidade na greve da categoria judiciária e ministerial sob estes princípios”. O texto prevê, ainda, que devem ser submetidos às instâncias da categoria “propostas formais que surjam a partir do estabelecimento de um processo de negociação da categoria com o governo, Judiciário e MPU”.



Confira abaixo o conteúdo da resolução.



XVI Plenária Nacional da Fenajufe

Resolução sobre PCS e Reajuste Salarial


Em 2008, antes da implementação da última parcela do PCS III, a categoria garantiu a criação, no âmbito do Judiciário, de Comissão Interdisciplinar com o objetivo de elaborar o Plano de Carreira. Diferente das ocasiões anteriores, a PGR optou por não criar comissão e tão somente adequar a proposta do Judiciário às especificidades do MPU.



A ideia inicial de se consumar um debate amplo sobre carreira foi adiada em função da premência da questão salarial e a partir desse momento a Comissão Interdisciplinar se debruçou na construção de uma tabela.
Nesse universo, à margem da Comissão Interdisciplinar, foi formulada uma proposta por parte dos diretores e secretários-gerais do Judiciário Federal, que instituiria uma Gratificação de Desempenho. A formulação sugeria o aumento da GAJ de 50 para 80%, não previa reajuste no vencimento e instituía uma gratificação de desempenho de até 80%, sem fixar patamar mínimo, garantindo apenas a fixação em 50% enquanto não houvesse a regulamentação dos critérios. A ideia não foi levada adiante pela Comissão Interdisciplinar em favor de uma proposta mais vantajosa, sem a necessidade de uma fração variável na remuneração, que previa reajuste de 15% no vencimento, GAJ de 110% e a criação de uma Gratificação de Representação [GR], no patamar de 35%, não cumulativa com GAE, GAS, funções e cargos comissionados. Em seguida, a não cumulatividade se restringiu apenas às funções e cargos comissionados. Essa proposta garantiria um aumento final de cerca de 80% da remuneração.



É nesse momento que a ação da Frente de Associações de Magistrados e Membros do MPU – FRENTAS desconstruiu o trabalho formulado pela Comissão e fez com que o CNJ reformulasse a tabela e limitasse toda a discussão num aumento de 56%. Essa formulação, a despeito de diferir da construção feita até aquele momento, foi aprovada pela categoria em suas instâncias deliberativas, tanto pela sinalização do STF de que a tramitação do reajuste salarial seria célere, quanto pelo compromisso de retomar o debate de carreira imediatamente após a aprovação do reajuste salarial.



Feito esse breve histórico, observa-se que os projetos de lei que tramitam atualmente na Comissão de Finanças e Tributação são resultado de um longo e exaustivo processo de construção, pois já passaram pelo debate da categoria, já receberam o difícil aval de todos os tribunais superiores e conselhos, os quais possuem a prerrogativa exclusiva de iniciativa legislativa, e já tiveram o seu mérito aprovado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados.



Todas essas etapas não caíram do céu. Foram resultado de organização e de luta unificada da categoria, que deu suporte ao trabalho político das direções sindicais junto à administração e ao legislativo. A adequação orçamentária, última etapa para sua aprovação e implementação, sempre foi a mais difícil em todos os outros três planos que conquistamos, mas nunca abrimos mão de direitos para isso. Ao contrário, sempre avançamos nesse quesito, conquistando a devida adequação orçamentária e o reajuste salarial com unidade, mobilização e muita luta.



Assim, a categoria, representada pelos Delegados e Delegadas eleitos para a XVI Plenária Nacional da Fenajufe, decide:
 


1.Reafirmar a luta pelos Planos de Cargos e Salários;

2.Não aceitar propostas que ofereçam reajuste salarial com extinção de direitos;

3.Não aceitar a criação de parcelas remuneratórias que subjuguem a categoria à discricionariedade da avaliação de $3>$3>$3>s institucionais ou de obscuras avaliações funcionais. A remuneração dos servidores não pode estar atrelada ao livre entendimento da administração sobre desempenho funcional ou institucional;

4.Não aceitar propostas remuneratórias inferiores às encaminhadas pelo STF e pela PGR ao parlamento;

5.Defender a busca incessante pela equiparação salarial com carreiras análogas;

6.Defender a unidade na greve da categoria judiciária e ministerial sob estes princípios;

7.Submeter às instâncias da categoria propostas formais que surjam a partir do estabelecimento de um processo de negociação da categoria com o governo, judiciário e MPU.



XVI Plenária Nacional da Fenajufe

Rio de Janeiro: 3 a 5 de junho de 2011

 

Fonte: Fenajufe.



 

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