Os servidores do Distrito Federal aprovaram, em assembleia realizada no final desta tarde, prorrogar por mais 48 horas a paralisação em defesa dos planos de cargos e salários da categoria. Segundo informações do Sindjus-DF, para esta quinta-feira [19] a diretoria prepara um ato no STJ, às 15h.
Na avaliação do sindicato, o debate foi intenso, rico e todas as propostas apresentadas sugeriam greve, o que comprova que a categoria está disposta a lutar pelo reajuste. “Temos condições de começar a greve com poucas pessoas e ir crescendo esse movimento, mas é importante e necessário construir uma condição de greve em todos os órgãos”, disse Najla, servidora do Superior Tribunal de Justiça [STJ]. “Reconhecemos a importância do movimento e a necessidade de greve. Ninguém teve essa dúvida nas reuniões do STJ, TRF e JF”, informou a servidora durante a assembleia.
Luiz Valério, servidor que representou a Justiça Eleitoral, lembrou o papel de cada servidor no sucesso da paralisação. “A construção da greve é importante porque ela não é inercial. Se deflagramos uma greve hoje e ficarmos parados, nada vai acontecer. Nós somos agentes de mudanças. Nós somos necessários para conseguir o resultado final. Cada um da gente é importante. O amigo que não está aqui presente depende de uma credibilidade e isso depende de cada um de nós”, afirmou.
A importância de cada servidor na construção da greve foi reforçada mais de uma vez nas defesas feitas pelos representantes dos órgãos do judiciário e do MPU. “Queria dizer aos colegas que participaram hoje aqui, debaixo de sol e chuva, que não podemos deixar essa greve só com esse pessoal que está aqui. Vamos falar com o companheiro que ficou na sala dele, no ar-condicionado, sem fazer nada que eles também vão querer ganhar aumento e por isso tem que ir participar”, destacou Ricardo do Ministério Público.
Após cada representante defender a necessidade da paralisação, os servidores aprovaram promover mais 48 horas de greve e decidiram a realização de uma nova assembleia que definirá o futuro da mobilização da categoria. “Não é só o servidor do Judiciário que está sendo maltratado. O Judiciário está sendo maltratado de cabo a rabo e por isso essas 48 horas de paralisação são importantes. Elas vão nos dar tempo para preparar uma greve com força para sairmos vitoriosos”, disse Ivan, representando o TJDF.
A paralisação de 48 horas aprovada em assembleia começa nesta quinta-feira [19]. Na próxima segunda-feira [23] os servidores podem dar continuidade à greve ou definir uma nova data para indicativo de greve.
Fonte: Fenajufe