Acesso Funcionarios

Notícia postada dia 16/03/2010

Notícia postada dia 16/03/2010

SINDJUFE-Ba homenageia servidoras e promove debates em homenagem ao dia da Mulher

SINDJUFE-Ba homenageia servidoras e promove debates em homenagem ao dia da Mulher

O SINDJUFE-Ba promoveu nos dias 8, 10 e 12 deste mês um ciclo de debates em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Os eventos foram realizados na Justiça Federal, TRE e TRT (Comércio) respectivamente, reunindo dezenas de servidoras e servidores destes órgãos, debatendo o seguinte tema: “A Batalha dos sexos: a nova mulher diante do velho homem”. Além dos debates as servidoras da capital ganharam flores e participaram dos sorteios de brindes. As colegas lotadas no interior receberam cartões de felicitações.

 

Novos paradigmas foram discutidos na JF

Com distribuição de rosas, trufas de chocolates e brindes, as servidoras da Justiça Federal foram homenageadas com um debate produtivo e rico que contou com a participação da diretora executiva da ASSERJUF, Iolanda Dórea, da coordenadora de Formação Política e Políticas Sociais do SINDJUFE-Ba, Denise Carneiro, da desembargadora federal Dra Neuza Maria Alves da SIlva e da representante da Vara Especializada em violência doméstica e familiar contra a mulher, Jacqueline Soares. O mediador do debate foi o diretor administrativo da ASSERJUF, Manoel Paim Filho.

 

Após a abertura do evento, Denise Márcia iniciou o debate pontuando questões sobre o machismo, que se percebe desde a forma como as mulheres são tratadas até o ato da violência em si. Ela ressaltou que é necessário uma mudança de paradigma e que as mulheres, que também podem ter comportamentos machistas, devem repensar a forma de educar os filhos e filhas. "Algumas mulheres devem mudar de concepção, afinal, o sistema escravocrata criou os pensamentos racistas, da mesma forma que o sistema machista tem gerado mitos e preconceitos contra o público feminino", ressaltou.

 

Em seguida, Jacqueline Soares apresentou casos de violência contra a mulher e mostrou a importância da mudança de postura destas que, têm atualmente, garantido importantes conquistas. Salientou também que a transformação do pensamento machista deve ser iniciada de dentro pra fora, com o reconhecimento da importância e do repeito à mulher pelo indivíduo.

 

Já a Dra Neuza Maria citou exemplos para exemplificar a maneira como a competição entre homens e mulheres têm crescido, justamente devido ao machismo frente ao empoderamento do público feminino. Citou ainda que as mulheres devem ser sábias para que essa competição não acabe com relacionamentos e, finalizou ressaltando a importância da mudança de pensamentos para influenciar a sociedade. "Precisamos adotar posturas diferentes, mudar a mente e quebrar tabus. Assim, vamos dar o primeiro passo para o fim do machismo", concluiu.

 

Este evento foi realizado com parceria do SINDJUFE-Ba e ASSERJUF.

 

Violência contra mulher e lei Maria da Penha no TRE

A palestra realizada pelo SINDJUFE-BA no TRE contou com a participação de servidores do órgão e coordenadores do sindicato. Como palestrantes foram convidadas a Assessora Regional do Observatório da Lei Maria da Penha, Márcia Santana Tavares e a Juíza de Direito da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Dra. Márcia Nunes Lisboa.
O coordenador do sindicato, Rogério Fagundes, relembrou as comemorações e atividades que o sindicato vem realizando nos últimos anos nesta data com objetivo de conscientizar e promover a igualdade. Já a coordenadora Social, de Esporte e Cultura, Aline Esquivel, falou da importância em debater esse tema e como o machismo ainda é predominante na sociedade.

 

Denise Carneiro, representante da Coordenação de Formação Política e Políticas Sociais do sindicato,  explicou porque foi escolhido esse tema. “Quando falamos do velho homem, estamos falando daquele homem que ainda não conseguiu se libertar do machismo e a nova mulher é aquela que conseguiu sair de casa para trabalhar”, afirmou. Denise ainda ressaltou que o machismo é o "pai" de todos os preconceitos e que a luta da mulher, portanto, é em busca da igualdade e pelo fim do preconceito em todas as esferas.

 

Por meio de relatos de textos e propagandas veiculadas nos meios de comunicação de massa, a palestrante Márcia Tavares relatou que a partir da década de 80, a mídia começou a falar dessa nova mulher, exaltando o espaço que conquistou nas universidades e no mercado de trabalho. Porém não existe apenas uma mulher universal; há mulheres reféns do desemprego; aquelas que trabalham de forma precária e têm seu trabalho desvalorizado. Ela disse ainda que a partir dessa década a relação entre homens e mulheres tem sido mais igualitária, apesar disso, o papel exercido pela mulher na esfera pública e privada ainda é questionado. “O homem atualmente aceita que a mulher saia para trabalhar ou que estude, desde que não deixe de cumprir as atividades do lar”.

 

A juíza Márcia Nunes Lisboa informou que a violência doméstica atinge todas as classes. Um estudo realizado pela Vara de Violência Doméstica e Familiar contra à Mulher constatou que 99% dos casos de violência doméstica acontecem quando a mulher resolve se separar; já para denunciar um caso de violência, são quase 10 anos. Ela explicou ainda que a violência doméstica é um crime invisível e de efeito multiplicador, geralmente praticado por quem presenciou algum tipo de violência na família.
De acordo com a juíza, a Lei Maria da Penha é futurista e deve ser compreendida, ao contrário do que dizem o Supremo e os juristas.

 

Alice Portugal e Maria Eunice Kalil encerram ciclo de debates no TRT Comércio


No último dia de evento servidoras e servidores do TRT compareceram ao auditório do Tribunal, no Comércio, para participar do debate com a deputada federal Alice Portugal e com a médica sanitarista e estudiosa Maria Eunice Kalil, tendo como mediador o servidor deste Tribunal, Gil Freire.

Maria Eunice iniciou o evento citando que atualmente vivemos em uma sociedade patriarcal que valora positivamente o que é masculino e, onde o pensamento de que o “homem comanda a mulher” é exercido em diversos aspectos: sobre o corpo da mulher (impondo o que deve ou não fazer e vestir, dentre outros); nas divisões política na sociedade (desde a legalização do direito a votar até a quantidade de mulheres exercendo cargos políticos) e no mercado de trabalho (mesmos cargos mas salários menores e a quase nulidade na divisão das tarefas domésticas).

 

Segundo Kalil a violência física, sexual e até patrimonial contra o público feminino tem se mostrado presente porque muitas pessoas (homens e mulheres) possuem pensamentos e atitudes machistas interiorizados. “A violência está presente em todos os estratos, especialmente no que diz respeito à mulher negra. O empoderamento da mulher, em busca de uma sociedade mais justa tem dado a impressão de que os homens estão perdendo”, afirmou.

 

Denise Carneiro, coordenadora de Formação Política e Políticas Sociais do sindicato, citou que existem vários mitos na história que colaboraram na formação do pensamento machista, desde os tempos mais primitivos, sendo assim “mentiras consolidadas que se perpetuaram para criar ‘castas’, sustentando o capitalismo”. Já Alice Portugal fez uma análise de como o direito de conceber a vida, específico das mulheres, se tornou uma arma de opressão e de punição, como se estas só servissem para o prazer masculino e procriação. Citou também textos de filósofos, reis, em Constituições e de personagens que escreveram textos religiosos (Alcorão, Bíblia, etc.) que desmereciam as mulheres e geraram comportamentos machistas, oprimindo-as e excluindo-as. Segundo a deputada, é necessário modificar a forma com que são criados os filhos e filhas . “Ensinamos nossas crianças a submissão da mulher, sendo dominada pelo homem, nas histórias de contos de fadas. Temos tido avanços nas políticas para as mulheres mas ainda existe grande opressão”, afirmou.

 

Ao final do debate, houve sorteio de brindes e entrega de flores às debatedoras. 



 

Acessem nossas...

Redes Sociais !

TRANSMISSÃO ONLINE

TRANSMISSÃO ONLINE