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Notícia postada dia 09/03/2010

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Mulheres negras debatem mídia brasileira

Mulheres negras debatem mídia brasileira

 O Observatório Negro promove o Seminário Mulheres Negras Nordestinas contra a Discriminação Racial na Mídia, entre os dias 18 e 21 de março de 2010, no Hotel Orange [Ilha de Itamaracá], em Pernambuco. O projeto conta com o apoio político-institucional da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras [AMNB] e do Fundo das Nações Unidas para as Mulheres [UNIFEM].

O evento tem como principal objetivo promover um processo de organização de mulheres negras do Nordeste para uma ação em rede articulada de combate à discriminação racial na mídia, além de socializar experiências e construir estratégias de como enfrentar o racismo na mídia.

O seminário faz parte de uma das três etapas que compõem o projeto Mulheres Negras pelo Direito Humano à comunicação. A primeira ação em parceria com a Cidadania Feminina consiste na promoção de oficinas de gênero, raça e comunicação para 30 mulheres negras de organizações de mulheres e populares e militantes negras. Além disso, no dia 10 de novembro do ano passado, representantes do Observatório Negro e de outras organizações, participaram do Dia de Monitoramento da Mídia, que acontece em vários países do mundo, para observar como a mídia está mostrando a imagem da população e da mulher negra.

O relatório ainda não está constituído, mas a pesquisadora em relações de gêneros e raça do Observatório Negro e educadora em Direitos Humanos, Ciani Sueli das Neves, já adiantou que os resultados não foram favoráveis. “Além de nunca aparecerem em novelas e publicidades de maneira favorável, nos noticiários, observamos que, quando as mulheres negras aparecem, são sempre apresentadas na condição de vítimas e a população negra, de um modo geral, como ré”.

Dando continuidade às oficinas de gênero, raça e comunicação, a segunda fase do projeto compreende no Seminário Mulheres Negras Nordestinas contra a Discriminação Racial na Mídia que pretende discutir o acesso à comunicação como Direito Humano e, por fim, qualificar juridicamente as trinta mulheres, para que possam analisar as ações da mídia e acessar os mecanismos jurídicos a fim de garantir a defesa dos direitos humanos da população negra.

As trinta mulheres que irão participar da segunda etapa foram selecionadas de diversas organizações em defesa da mulher do Nordeste: AKONI – Centro de Educação para a Cidadania [MA], Centro de Cultura Negra do Maranhão [MA], OMIN – Grupo de Mulheres Negras Maria do Egito [PI], AJOBI – Núcleo de Mulheres Negras Feministas e de Lésbicas Negras [BA], Associação Brasileira de TV Universitária [BA], Ceafro [BA] – apoio da Sepromi, Inegra – Instituto Mulher Negra [CE], Grupo Afro Cultural Coisa de Nego [PI], Associação Piauiense de Hip Hop [PI], COJIRA – Coletivo de Jornalistas Negros de Alagoas [AL], Bamidelê [PB], Kilombo [RN].

A terceira ação do projeto, apoiada pelo Fundo Elas, pretende atuar na análise e monitoramento da mídia com a construção do Centro de Orientação Jurídica da Rede Nordeste de Mulheres Negras [COMNEGRAS]. O projeto apóia ainda a formação de um blog, durante um ano, para catalisar as informações da Rede.

Fonte: Observatório Negro.
 



 

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